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Categorias: Atlético Goianiense
| Em 12 anos atrás

Os desastres em Brasília

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Não, o desastre não é a queda do Atlético, que se confirmou na semana contra o Corinthians, e anunciado há muito tempo. Também não é a derrota do Santos de Neymar, melhor jogador em atividade no Brasil, que não aspira mais nada na competição. O desastre, ou os desastres, são os borderôs das partidas do Dragão contra os dois paulistas.

O Atlético é um time que esteve próximo do fim, ficou abandonado por anos, até que Valdivino de Oliveira, Maurício Sampaio, Jovair Arantes e outros atleticanos reergueram o time e o transformaram em uma potência regional. Em quatro anos o rubro-negro saiu da série C para a A, e uma estrutura de digna da elite do futebol brasileiro. Exemplo de organização e profissionalismo, mas o modelo ruiu, e quando isso acontece à crise é inevitável, inclusive a financeira.

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Com o intuito de diminuir os prejuízos, a diretoria aproveitou o fato de ter sido punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva com a perda de um mando de campo e mandou dois jogos, contra Corinthians e Santos, em Brasília, onde há muitos torcedores dessas equipes, e eles não têm oportunidade de ver seus times ao vivo, já que os brasilienses não têm representante na série A. O Dragão já investe nos torcedores da capital federal, tanto que em todos os jogos da equipe em Goiânia são abertos postos de vendas de ingressos no Distrito Federal.

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Mas dessa vez o plano falhou, pelo menos em partes. A diretoria atleticana tinha como expectativa grandes arrecadações, principalmente na partida contra o Corinthians, segunda maior torcida do País. A projeção era em torno de 1 milhão de reais, com uma média de 35 mil torcedores, mas apareceram “apenas” 17 mil, com uma rende de R$494 mil.

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A solução então passou a ser Neymar, o grande astro em ação no Brasil, aquele que todos querem ver, pelo menos na teoria. Precavida, a diretoria do Atlético aumentou o valor dos ingressos, o mais barato custava R$80 e o mais caro R$120. Insuficiente para o êxito, pouco mais sete mil expectadores foram ao estádio Bezerrão, e a renda caiu para R$450 mil.

As duas rendas somadas não chegam ao valor que os atleticanos esperavam arrecadar só no jogo contra o Corinthians. Perder ou vencer as partidas a priori não fazia diferença, a intenção era reforçar o caixa, e esse jogo o Atlético perdeu de goleada.

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Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: altairtavares@diariodegoias.com.br .