Movimentos sociais convocam os brasileiros a irem às ruas neste sábado (24) contra o governo de Jair Bolsonaro. Em Goiânia, a manifestação ocorre às 9h, na Praça do Trabalhador, região central. A professora e ex-candidata à prefeitura de Goiânia, em 2020, Manu Jacob disse ao Diário de Goiás que acredita que estas manifestações serão maiores que as anteriores.
“As expectativas são que essas manifestações sejam maiores que as anteriores, tanto em Goiânia como no resto do Brasil. São 500 cidades que confirmaram a participação nos atos. No começo a gente ficou um pouco inseguro por ser mês de férias, mas isso não está impedindo as mobilizações”, disse ela à reportagem do DG, nesta sexta-feira (23).
Assim como as manifestações passadas, os organizadores colocam como a principal pauta para este sábado o ‘Fora Bolsonaro’. Manu Jacob disse que há também outros pontos a serem reivindicados.
“Nós temos pautas específica, sim. A primeira é a questão do impeachment, o ‘Fora Bolsonaro’ traz como pano de fundo o pedido de impeachment. Outra reivindicação é a celeridade das vacinas, em todos os outros países que o processo de vacinação avançou, tem país na Europa que nem tá usando máscara mais, isso foi em decorrência da vacinação em massa. Além das privatizações que somos contra”, destaca a professora.
Manu Jacob ressaltou que uma preocupação que todas as cidades que terão manifestações é sobre a possibilidade de pessoas infiltradas para realizar atos de violência e com isso culpar os manifestantes.
“Nós estamos vivendo um momento de polarização na política brasileira, então essa é uma preocupação não só em Goiânia mas em todas as 500 cidades que terão as manifestações. Em nossa avaliação o que aconteceu em São Paulo [caso de quebradeira de vidraça de banco e de uma universidade] foi de pessoas infiltradas, pessoas que não estavam no movimento, pessoas infiltradas para deslegitimar o movimento”.
A reportagem do DG falou também com o vice-presidente Regional da UNE, Ranilson Junior. Ele também está otimista para um ato com maior participação do público.
“A nossa expectativa para esse ato é que seja um dos maiores que tivemos nos últimos dias. A gente vem com uma série de mobilizações e que no dia 13 a gente fez um ato que precedeu esse ato de sábado, dia 24. E essa é nossa expectativa alcançar um maior número de pessoas possíveis”.
Ranilson destaca também que existem vários pontos que fazem com que a população fique insatisfeita com o atual cenário político no Brasil e que isso justifica as pessoas irem às ruas.
“Hoje a gente vai às ruas com várias entidades que se organizam para várias mobilizações. Hoje nossa principal pauta é o ‘Fora Bolsonaro’. A gente ver que já temos 547 mil mortes de pessoas por covid-19 e acho que todas as pautas que potencializam o afastamento do Bolsonaro são válidas”.
Questionado se as pessoas que estão indo às ruas são pessoas somente de esquerda, Rnilson diz que não apenas, que há várias ideologias envolvidas com esse mesmo objetivo, a saída do atual presidente.
“Acredito que nós vivemos num cenário que não existe apenas quem queira o ‘Fora Bolsonaro’ apenas de esquerda. Hoje a gente ver que o campo progressista se compromete com essa agenda em alguns aspectos e são pessoas de diversas ideologias”, conclui.
Além de Goiânia, em Goiás outras cidades também marcaram manifestações para este sábado como Anápolis, Goiás, Catalão, Aparecida de Goiânia, Jataí, Iporá e Goianésia.
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