Após o desabamento de parte da Rua 1128, no Setor Marista, ocasionado por uma obra da Opus Incorporadora, durante a madrugada de segunda-feira (15), a empresa informou que o primeiro laudo será entregue para a Defesa Civil, ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) e para a vizinhança. O documento deve ser entregue nesta terça-feira (16), atestando não haver risco para o Edifício Catas Altas.
Segundo a nota da Opus Incorporadora, as investigações das possíveis causas iniciaram na segunda-feira, “com participação de especialistas no assunto tanto de Goiânia como de São Paulo”, priorizando avaliar os efeitos nas edificações vizinhas. Os moradores do Edifício Catas Altas tiveram que evacuar a residência, devido aos riscos, mas o laudo prevê liberar que os residentes retornem.
Um segundo edifício também teve que ser evacuado, o Villa Lobos, “devido a maior proximidade com o ponto do acidente” e, por precaução, o primeiro laudo da Opus Incorporadora não deve liberar que os moradores retornem, sendo prevista a liberação após 72 horas.
“As informações já foram adiantadas aos moradores dos residenciais na noite de segunda, quando representantes da empresa se reuniram com eles para atualizá-los sobre o caso. Garantir a segurança e a tranquilidade das pessoas foi a prioridade da incorporadora após o incidente. Embora os residenciais vizinhos não tenham sofrido embargo, a empresa optou por transferir os moradores para um hotel até que tenha os laudos técnicos”, afirmou a nota enviada pela Opus Incorporadora.
Entenda o caso
Na madrugada de segunda-feira, uma parte da Rua 1128, no Setor Marista, desabou. Conforme informado, o desabamento foi ocasionado por uma obra da Opus Incorporadora.
Ao Diário de Goiás (DG), o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) informou que, inicialmente, um prédio teve que ser evacuado e cerca de 15 moradores foram realocados em um hotel. Um segundo prédio também teve que ser evacuado para prevenção e investigação. De acordo com a Defesa Civil, os moradores foram retirados até que as perícias técnicas sejam concluídas.
“Os agentes constataram a possibilidade de risco na estrutura de um prédio próximo à obra e realizaram a evacuação dos moradores”, informou.
Sobre as possíveis causas, a Opus Incorporadora afirmou que ainda não se sabe o que pode ter causado o desabamento, mas ressaltou que estão comprometidos “em dar esta resposta para todos os goianienses, sendo a maior interessada em esclarecer o que de fato aconteceu”.
Ainda de acordo com a Opus Incorporadora, a Agência Municipal do Meio Ambiente, a Secretaria de Infraestrutura, o Crea-GO, a Defesa Civil e o CBMGO fiscalizaram a obra. “As medidas emergenciais e mitigadoras foram apresentadas a todos estes órgãos e a regularidade da documentação da obra devidamente atestada”, afirmou.
“Os peritos estão avaliando que fatores externos podem ter contribuído para o incidente, já que no ponto do rompimento do asfalto foi encontrado uma tubulação com grande vazamento de água, e o solo saturado aumenta consideravelmente a carga sobre a contenção”, finalizou.
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