Foi divulgada uma nota no site do PPS, neste sábado (10), em que líderes da oposição pedem que Eduardo Cunha (PMDB) seja afastado da Câmara dos Deputados, devido às denúncias veiculadas pela imprensa.
“Sobre as denúncias contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, noticiadas pela imprensa, os líderes Carlos Sampaio, Arthur Maia, Fernando Bezerra Filho, Mendonça Filho, Rubens Bueno e Bruno Araújo, respectivamente do PSDB, Solidariedade, PSB, DEM, PPS e Minoria, entendem que ele deve se afastar do cargo, até mesmo para que possa exercer, de forma adequada, o seu direito constitucional à ampla defesa”, informa a nota.
No mesmo dia, a assessoria de imprensa da Casa também divulgou nota afirmando que Eduardo Cunha não pretende renunciar. “Em relação a qualquer pedido de afastamento ou de renúncia por parte do presidente da Câmara, ele informa que foi eleito pela maioria absoluta dos deputados, em primeiro turno, para cumprir um mandato de dois anos e irá cumpri-lo”, diz a nota.
Ainda segundo a nota: “O presidente pede que seja respeitado como qualquer cidadão, esse direito [de defesa]. Não se pode cobrar explicação sobre supostos fatos aos quais não lhe é dado o acesso para uma digna contestação”.
Sobre a defesa, a nota informa que na próxima terça-feira (13), os advogados de Eduardo Cunha “ingressarão com petição ao Supremo Tribunal Federal pedindo o imediato acesso aos documentos que existam no Ministério Público Federal, para que eles possam dar a resposta precisa aos fatos que porventura existam”.
O presidente da Câmara também critica o fato de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter divulgado dados das investigações. “O procurador-geral da República divulgou dados que, em tese, deveriam estar protegidos por sigilo, sem dar ao presidente da Câmara o direito de ampla defesa e ao contraditório que a nossa Constituição assegura”.
No entanto, o Ministério Público da Suíça disponibilizou ao Brasil documentos que comprovam a origem do dinheiro encontrado nas contas relacionadas a Eduardo Cunha. Segundo as investigações da Operação Lava Jato, o dinheiro pode ser fruto de propina em um contrato da Petrobras na compra de um campo de petróleo na África, avaliado em US$ 34 milhões.
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