O consumo de vinho tem sido objeto de muita pesquisa e discussão no campo médico e da saúde pública há décadas. E, hoje, já se sabe que existem alguns aspectos que comprovam as vantagens, desvantagens e mitos associados a este tipo de bebida. É de conhecimento, por exemplo, que o vinho tinto, em particular, é rico em certos antioxidantes como o resveratrol, que pode ter benefícios cardiovasculares.
Outros estudos também sugerem que o consumo moderado de vinho pode ajudar na redução de certos fatores de risco cardiovascular. Algumas pesquisas indicam que o vinho pode aumentar o HDL (“bom” colesterol) e reduzir o LDL (“mau” colesterol). Porém, o vinho também é caloricamente denso e pode contribuir para o ganho de peso se consumido em excesso, podendo até trazer prejuízos na função do fígado. O álcool pode interagir com vários tipos de medicamentos, o que é especialmente relevante para pacientes na maior idade que podem estar tomando múltiplas medicações.
Embora o vinho tenha certos benefícios para a saúde, ele não é uma “cura milagrosa” para doenças crônicas, como alguns pensam e poderia ter até efeitos negativos se consumido em doses elevadas. O conceito de “uso moderado” pode variar, mas muitas diretrizes sugerem que para homens, isso signifique até duas taças de vinho por dia e para mulheres, uma taça por dia.
No entanto, é crucial consultar um profissional de saúde para orientação personalizada, especialmente para pessoas com condições médicas específicas ou que estão tomando medicamentos. O consumo de álcool não é apropriado para todos, e para alguns, a abstinência total pode ser a melhor opção.
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José Israel Sánchez Robles é médico intensivista e nutrólogo