Logo que surgiu a pandemia de coronavírus, a Prefeitura de Goiânia baixou decreto de emergência em saúde pública, instalou comitê de gestão de crise e um site com todas as informações. E seguiu o Estado em todas as deliberações. O prefeito Iris Rezende poderia ter buscado caminho próprio ou protagonismo. Experiente, na quarta gestão como prefeito, tendo sido governador, ministro e senador, ele preferiu outra atitude: seguir o Estado para que houvesse uma só estratégia de enfrentamento. Todos juntos contra o coronavírus, esta é a mensagem.
Foram semanas, meses, de muita pressão sobre os ombros do prefeito. Ele não mudou o curso de seus atos, quem conhece Iris, sabe que com sua experiência lida bem com pressões. Cortou gastos, ajustou a máquina pública, colocou toda a equipe pra trabalhar para preservar a saúde da população e manter a máquina administrativa da prefeitura funcionando.
A prefeitura acena com a flexibilização de mais alguns segmentos. Um novo passo. Em um cenário de tamanha incerteza, em que grande parte dos governantes não sabe o que fazer, Iris vai fazendo do seu jeito. E chamando a população a participar. Porque os fatos mostram que nenhuma medida funciona ou funcionará sem a participação do povo. Só, a prefeitura não salva vidas. É necessário diálogo e conscientização.
E este é um ponto que não tem tido atenção merecida. As responsabilidades precisam ser compartilhadas. A Prefeitura e o governo não colocam máscara no cidadão. E por mais que fiscalize, a Prefeitura não consegue segurar todos que insistem em abrir portas burlando decretos ou aqueles que fazer questão de sair às ruas e participar de aglomerações, desobedecendo a lei.
A Covid-19 é uma doença que ameaça todos e deve ser tratada como um problema também de todos. A solução, da mesma forma, precisa ser a união de esforços. Cada um fazendo a sua parte. Todos cuidando de todos. O final da história terá de ser uma vitória coletiva, não pode ser derrota individual. Não precisamos de culpados. Precisamos de heróis.