Goiânia tem uma localização estratégica na região central do País e figura entre as 11 cidades com mais especialistas em saúde no Brasil, de acordo com a demografia médica de 2020, realizada pela Universidade de São Paulo (USP).
Esses dois fatores tornaram nossa capital uma centralidade para tratamentos de saúde. Pacientes do Centro-Oeste e grande parte do Norte e Nordeste do País buscam a cidade para consultas e cirurgias, segundo dados do Ministério da Saúde, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Agência Nacional de Saúde (ANS).
Um outro estudo, o Censo Hoteleiro de 2017, o último realizado pelo Observatório de Turismo do Estado de Goiás, constatou que 25,7% dos turistas de Goiânia vêm à cidade por razões médicas.
Agora, estamos vivendo uma nova fase no segmento com a chegada de grandes redes de saúde como o Hospital Israelita Albert Einstein, que abriu sua única unidade fora de São Paulo, da mesma forma que os grupos Kora Saúde, Rede D’or, Mater Dei, Hospital Care e Sírio Libanês, especializados em medicina de alta complexidade, também já visam operações por aqui.
Certamente, a atratividade de pacientes será ainda maior e acontecerá uma consolidação de um nicho econômico na cidade, que reverberará em vários segmentos. Além da rede hoteleira e de alimentação, o setor imobiliário também será impactado positivamente, a exemplo do que aconteceu em grandes centros como São Paulo. Intensa será a movimentação de locação e venda de imóveis para atender a demandas derivadas do chamado turismo de saúde.
E assim, antes mesmo de chegar a seu primeiro centenário, a capital vem apropriando-se de seu potencial, acumulando referências positivas no cenário nacional. É reconhecida no agronegócio e no setor de serviços. Agora, ganha mais uma âncora, que agregará mais valor à nossa cidade.
Ricardo Teixeira é diretor da URBS Imobiliária