25 de agosto de 2024
Opinião
Publicado em • atualizado em 13/02/2022 às 00:31

Servidores públicos salvam o Brasil

Nylo Sérgio, presidente do Sindipúblico Goiás. Foto: Arquivo Pessoal
Nylo Sérgio, presidente do Sindipúblico Goiás. Foto: Arquivo Pessoal

Por Nylo Sérgio

Enquanto o Brasil bate recordes diários de mortes por Covid-19, faltam vacinas para aplicação em massa, governos divergem entre si, magistrados pervertem a lei conforme suas orientações pessoais, o desemprego aumenta, boa parte da população se nega a seguir as orientações de proteção e a sociedade se vê desamparada e sob risco de não encontrar vagas nos hospitais, caso precise. Este é o cenário perfeito do caos.

Após um ano, muito se sabe sobre como prevenir e o custo em tentar remediar a Covid-19. A esperança da vacinação chegou acompanhada da nova variante brasileira do vírus e da sua alta letalidade. Os atrasos no fornecimento dos imunizantes, a negativa do governo na compra antecipada das vacinas e a incapacidade das instituições públicas e privadas do país em produzir uma vacina nacional, fruto do desinvestimento em ciência que acompanhamos ao longo dos últimos cinco anos, colocam a população em um funil social que mistura esperança, ansiedade e medo.

O Plano Nacional de Imunização prevê a vacinação prioritária dos agentes de saúde diretamente ligados ao combate à pandemia. Em seguida, os grupos prioritários de idosos e pessoas com comorbidades sérias que se encontravam em alto risco. Mas o que se vê atualmente é um verdadeiro lobby de cada categoria para salvar a própria pele. As justificativas são todas justificáveis, pois toda categoria de trabalhadores é importante para a sociedade e essencial para quem dela vive. Daí já foram vacinados odontólogos, farmacêuticos e psicólogos. Agora é a vez dos agentes de segurança conseguirem se vacinar, juntamente com os professores.

No dia 9 de abril, a Secretaria Estadual de Saúde informava em seu site que 620.352 pessoas haviam recebido a primeira dose da vacina, o que representa 8,84% da população de Goiás. A segunda dose chegou para uma parcela ainda menor da sociedade, apenas 2,49%, com 175.063 doses aplicadas.

Em todo este cenário, uma categoria está presente: o servidor público. Eles, sim, estão na linha de frente do combate à pandemia. Seja nos hospitais, no atendimento ao público, na segurança, na educação, nas ações sociais e de cidadania, na fiscalização ambiental e tributária, todos estão contribuindo para que o país não pare e a população não sofra ainda mais. A cada dia, a pandemia mostra o quanto os servidores públicos são fundamentais para toda a população, garantindo atendimento universal às necessidades básicas do nosso povo.

Enquanto a vacina não chega para todos, cabe ao governo endurecer as medidas de prevenção e garantir a subsistência de sua população. Sem uma distribuição de renda justa, o lockdown será apenas uma utopia.

Nylo Sérgio, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Goiás (Sindipúblico).