22 de novembro de 2024
Opinião
Publicado em • atualizado em 22/12/2022 às 17:47

Segurança: evite que seu celular seja clonado

Foto: Divulgação
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Seu celular pode ser clonado! Lamentavelmente, isso tem sido comum ocorrer. Seja para fins de roubos de senhas e documentos ou simplesmente para espionar conversas trocadas em aplicativos de mensagens. O problema é muito sério, as consequências são imensuráveis e as operadoras de telefonia móvel precisam buscar mecanismos para aumentar a segurança de seus clientes.

Infelizmente, devido à tecnologia conhecida como SIM Swap, criminosos conseguem clonar o chip do celular de uma pessoa. Inicialmente, eles fazem uma coleta de informações da vítima. Normalmente, primeiro vasculham as redes sociais para capturar informações da vida cotidiana do seu alvo.

Posteriormente, utilizam técnicas como a OSINT (Inteligência de Fontes Abertas), que varrem a internet, capturam informações das vítimas de forma não invasiva e salvam em uma base de dados local. Em seguida, os criminosos selecionam as informações que irão precisar. Além disso, eles também podem utilizar outras ferramentas, como envio de e-mails phishing, que induzem as pessoas a compartilharem informações confidenciais, como senhas e número de cartões de crédito.

E, por último, eles podem fazer uso da engenharia social, que é uma espécie de manipulação psicológica. Os criminosos ligam para a vítima após terem descoberto seu número de telefone e se passam por alguma empresa de pesquisa, buscando extrair o máximo de informações pessoais possível. Após, entram em contato com a operadora. Em seguida o criminoso finge passar-se pela pessoa e diz que o chip foi danificado ou perdido, fazendo com que a operadora ative um novo chip com o número da vítima.

Passando a ter acesso irrestrito ao número de telefone da vítima, os criminosos invadem e-mails e outros serviços que utilizam autenticação de dois fatores (2FA), entre outros. A vítima só poderá detectar a fraude quando tentar fazer uma ligação ou enviar mensagens de texto e não obtiver êxito, já que os criminosos desativam o chip SIM da pessoa, a partir do momento que ativam o novo chip na operadora. Então, fica a dica, desconfie quando o seu celular não fizer ligação ou enviar mensagem e tome providências urgentes, como por exemplo, contatar a operadora de telefonia para saber o que houve.

Essas são as três principais formas de captura de dados para clonagem via SIM Swap. Porém, com o avanço tecnológico, os criminosos podem vir a desenvolver outras formas para cometerem seus crimes.

Cuidar dos dados pessoais deve ser uma atitude permanente de todos nós que fazemos uso da tecnologia e da internet. Ações simples, como evitar a exposição de informações pessoais nas redes sociais (endereço, número de celular e e-mail), redobrar a atenção ao abrir e-mails de origem desconhecida (o que evita o phishing) e, também tomar precauções ao atender ligações de supostas empresas ou pesquisas de opinião, podem evitar que seu celular seja clonado.

Particularmente, nessa situação específica do SIM Swap, acredito que as operadoras de telefonia deveriam implantar um código secreto para cada usuário, de forma que somente ele e a operadora tivessem conhecimento.  Isso poderia dificultar esse tipo de ação dos criminosos ou até mesmo coibir. Seria mais uma forma de oferecer segurança e proteção para os dados pessoais de seus clientes. A operadora que fizer isso, com certeza sairá na frente nesse quesito de segurança.

Cleyton Salomé é especialista em Cibersegurança. Fundador e CEO da Sidkron Cyber Security. Gestor em Tecnologia da Informação, pela Faculdade Cambury e pós-graduado em Segurança da Informação pela UEG.

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