22 de novembro de 2024
Opinião
Publicado em • atualizado em 10/04/2022 às 17:33

Os 9 anos da ADU: fomentando inteligência em torno do Desenvolvimento Urbano

Luís Alexandre Crincoli
Luís Alexandre Crincoli

Elevar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das cidades é um bom negócio para quem atua no mercado da habitação. Criado pela ONU com apoio do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, esse índice pretende aferir o quanto cada lugar zela por seus habitantes sob enfoque de três eixos: renda, saúde e educação.

No contexto de país em desenvolvimento, o Brasil tem uma realidade que quase sempre observa à dinâmica de que uma cidade com IDH elevado ou em viés de alta tem ou terá em breve um mercado de habitação aquecido. E isso se confirma não apenas em volume de unidades construídas, mas também em qualidade.

O empreendedor possui cada vez mais instrumentos para pesquisar, analisar e direcionar seus investimentos, mas a lógica é até bem simples: todos querem viver bem, portanto buscam cidades que oferecem qualidade de vida. Foi com atenção a essa realidade que há exatos 9 anos, em 10 de abril de 2013, um grupo de arrojados empreendedores fundou a Associação dos Desenvolvedores Urbanos do Estado de Goiás (ADU-GO).

A entidade assumiu naquela ocasião o desafio de fomentar a inteligência em torno do desenvolvimento urbano e dar suporte aos diversos entes públicos de Goiás que queiram promover projetos e ações que vão qualificar a vida nas cidades. Atuamos em muitas áreas: código florestal, lei de drenagem, manejo de unidades de conservação, licenciamento ambiental, planejamento de mobilidade, planos diretores, entre vários outros.

Nos últimos anos, a ADU tornou-se importante celeiro de produção de estudos e união de especialistas de diferentes áreas que estão modernizando o planejamento urbano em Goiás. Engenheiros, arquitetos, urbanistas, geólogos, economistas e outros diversos profissionais são contratados pela associação para dar suporte às decisões em torno de ações e planejamento das cidades. Foram realizadas dezenas de iniciativas que estão redesenhando o futuro, principalmente, da Região Metropolitana de nossa capital.

Uma das iniciativas de maior impacto foi o patrocínio, em parceria com a Universidade Federal de Goiás, de um curso para as secretarias de mobilidade urbana dos municípios da Região Metropolitana. Além de fortalecer a visão macro das cidades que orbitam a capital, foi a primeira vez que as gestões municipais iniciaram discussões integradas em todo o seu planejamento de mobilidade. Ali nasceram importantes ações, muitas delas, inclusive, com base em novos estudos e pesquisas realizados com apoio da ADU.

Essa integração é tão importante que, desde a sua fundação, defende a criação e, agora, a implantação do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia (Codemetro). A articulação entre os municípios promove ações de grande impacto para todas as cidades e para o avanço na qualidade de vida das pessoas, a exemplo da imensa mobilização técnica e política em torno da obra do Anel Viário, que abriu caminho para uma nova licitação da concessão da BR-060/153.

O Anel Viário é a obra de maior envergadura e maior impacto que ocorrerá na Região Metropolitana nos próximos anos. Promoverá avanços não apenas na área de mobilidade, mas principalmente no desenvolvimento econômico da região.

Aliás, desenvolvimento econômico traz consigo transformações sociais importantes e promove evolução nas áreas de educação e saúde. Eleva o IDH, quando realizado com o devido planejamento e inteligência. É essa a visão que está nas bases fundacionais da ADU-GO, que seguirá prestando relevante serviço aos seus associados sempre que alcançar a realização de ambientes urbanos mais qualificados, com desenvolvimento e qualidade de vida.

Luís Alexandre Crincoli é presidente da Associação dos Desenvolvedores Urbanos do Estado de Goiás.

A opinião deste artigo não necessariamente reflete o pensamento do jornal.