O jornalista Marcos Cipriano analisa, em vídeo, a postura da oposição em Goiás, capitaneada por PT-PMDB e que – dividida – favorece a busca da reeleição do governador Marconi Perillo (PSDB).
Leia, abaixo, a análise, disponível também, na íntegra, clicando aqui.
“A exemplo de Iris Rezende, Marconi Perillo é um animal político. E, com uma diferença, tem menos janeiros nas costas.
No recente giro que faz pelo interior do Estado, Marconi faz movimentos políticos bruscos, que deixam a oposição perplexa e indignada.
O governador dá visibilidade ao perfil de estadista, do tipo que se sobrepõe às questiúnculas políticas.
No périplo do governador, ações e benefícios estão sendo entregues em municípios administrados por prefeitos da oposição.
Foi assim em Heitoraí, cujo prefeito Vilmar Sebastião (PMDB) encheu a bola do governador, que inaugurou na cidade o Colégio Estadual Voleide da Mota Ribeiro, Escola Padrão Séc. XXI.
O mesmo aconteceu em Terezópolis, cidade administrada pelo prefeito Juninho (PMDB), que teceu elogios a governador por anunciar a iluminação do perímetro urbano da BR-153, que corta a cidade ao meio, investir R$ 9,6 milhões na 2ª etapa da Estação de Tratamento de Esgoto Maria de Brito, além de reformar a Escola Estadual Alfredo Nasser.
Em Guaraíta, outro município administrado por um prefeito eleito pela oposição, Antônio Fernandes (PSB), Marconi entregou a reforma do Colégio Estadual Georgina R. Coelho e também firmou convênio com a prefeitura destinando R$ 500 mil para recapeamento de vias urbanas e inaugurou a reforma do Colégio Georgina Rodrigues Coelho.
O governador, ainda em Guaraíta, entregou 58 passaportes do idoso e assinou ordem de serviço para a construção de 50 unidades habitacionais por meio do Cheque-Moradia modalidade construção.
Assinou, também, ordem de serviço para construção de uma pista de caminhada ao lado do Ginásio de Esportes Ataídes Silveira da Rocha, ao valor de R$ 150 mil.
Os movimentos do governador seguem à risca estratégia palaciana de focar as ações do governador na agenda administrativa, mas com dividendos para o projeto político, que só deve ser anunciado em junho, período de convenções.
Enquanto isso, a oposição bate cabeça na tese de lançamento de candidatura única. O PMDB não acertou ainda a questão interna, com divergências significativas entre os grupos irista e friboista, Vanderlan Cardoso, do PSB, ainda não conseguiu costurar uma aliança que dê sustentabilidade do projeto de disputar as eleições para governador.
O PT vive um processo de ebulição interna, face à decisão do prefeito de Anápolis, Antônio Gomide, de se apresentar à disputa de governador. Uma ala do partido, liderada pelo prefeito Paulo Garcia, quer manter a aliança com o PMDB, como forma de fortalecer o projeto nacional de reeleição da presidente Dilma Rousseff.”