Novembro chegou e com ele o início de mais uma campanha de prevenção ao câncer de próstata, o famoso Novembro Azul. A campanha surgiu originalmente na Austrália em 2003 e chegou ao Brasil em 2008. Desde então, tem sido uma poderosa aliada no cuidado com a saúde masculina.
Mais do que somente um estímulo ao diagnóstico precoce do câncer de próstata, um dos que mais mata homens no Brasil, o objetivo da campanha é também estimular a população masculina a cuidar da própria saúde como um todo.
Para atrair esse público para dentro de um consultório, em uma unidade de saúde, é um dos grandes desafios encontrados pelos profissionais da área. Mulheres tendem a ir mais aos postos de saúde, seja por si mesmas ou para levar os filhos. Infelizmente, com os homens, essa realidade é bem diferente. Eles apresentam certa resistência em pensar na própria saúde e costumam buscar atendimento somente quando estão com muita dor.
É importante manter um contato com a unidade de saúde. Uma vez lá, é possível realizar um check up, com procedimentos como verificação da pressão arterial, hemograma, dosagem de colesterol, glicemia, exame de urina, bem como, a atualização da carteira vacinal. Apesar de simples, esses procedimentos permitem identificar e até mesmo prevenir eventuais problemas antes que se tornem graves ou irrecuperáveis, garantindo mais qualidade de vida a essa parcela da população.
Um bom exemplo da importância da medicina preventiva é o próprio câncer de próstata, que evolui de forma silenciosa e pode não apresentar sintomas em sua fase inicial. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), quando detectada de maneira precoce, as chances de cura são de até 90%, contra apenas 30% nos casos em que a descoberta vem tarde. Vale ressaltar que o diagnóstico do câncer de próstata é feito através de exame de sangue (PSA) e toque retal, e deve ser feito a partir dos 45 anos por todos os homens, segundo a SBU.
A importância de manter uma boa alimentação. Além de fazer exercícios físicos com regularidade, dormir bem e cuidar do peso, podem ajudar a prevenir o desenvolvimento do câncer e de outras doenças, mas não substituem a necessidade dos exames de rotina.
Higor Siqueira, coordenador do curso de enfermagem da Estácio