23 de novembro de 2024
Opinião
Publicado em • atualizado em 28/09/2016 às 01:56

Marconi: “Temos um Brasil que pulsa e que faz a diferença, que é o Brasil Central”

“Temos um Brasil que pulsa e que faz a diferença, que é o Brasil Central”, afirmou hoje o governador Marconi Perillo ao falar no Seminário de Promoção de Investimentos no Estado de Goiás, na sede da McLarty Associates, em Washington (DC).   Além de apresentar números da economia goiana, Marconi falou também sobre a relevância da região Brasil Central para a economia do Brasil. Ele discorreu, ainda, sobre a crise política porque passa o país.

O embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, fez uma breve apresentação sobre a economia de Goiás, em antecedência à palestra do governador. Ele pontuou aos empresários americanos que nos últimos anos, nas gestões de Marconi, Goiás multiplicou por 10 vezes o PIB e por 20 as exportações. “Houve crescimento da indústria tecnológica, farmacêutica, de automóveis, de transformação. Tenho grande admiração por Goiás e pela gestão que o governador Marconi faz. Não à toa está no seu 4º mandato. Fez uma revolução no Estado”, disse.

Ele ressaltou também a construção da ferrovia que ligará Goiânia a Brasília, que proporcionará o escoamento da soja produzida no Estado: “Quero dizer também que o Governo de Goiás é acolhedor e facilitador de investimentos, licitações, e que apresenta oportunidades relevantes na área de infraestrutura. É um Estado promissor para investimentos”.

Marconi iniciou sua fala destacando a pujança da região Brasil Central, ao lembrar que é a região que mais cresce em produção; é responsável por mais de 50% dos alimentos do país e por grande parte da pauta de exportações. Depois, falou sobre a proximidade entre Goiás e Brasília, cujo mercado consumidor é de mais de 9 milhões de pessoas. O governador também ressaltou que Goiás é uma das maiores fontes de energias renováveis. “Somos um dos maiores polos do país. Se consideramos a energia hidroelétrica gerada pelos nossos rios e lagos nos interiores, e a energia gerada pelos rios que fazem divisa com Goiás, somos responsáveis pela geração de 10 mil megawatts de energia hidroelétrica. Também já produzimos 2 mil megawatts de energia cogerada a partir do subproduto da cana de açúcar”, declarou.

Crise política

Marconi falou também aos empresários sobre a crise política e econômica por que passa o país: “Tentam ligar a crise política e econômica a um golpe, mas não foi nada disso. O fato é que o governo central perdeu o apoio parlamentar e o apoio popular. Em um país parlamentarista, o governo teria caído em dois, três dias. Não teria se arrastado dessa forma. O fato é que tivemos uma crise entre o Poder Executivo e o Legislativo, e isso paralisou o país. Não se aprovou nada de reforma, nada que pudesse conter o desequilíbrio econômico e retomar o ciclo de desenvolvimento”.

Reiterou que, por outro lado, a crise fortaleceu as instituições, mas também evidenciou o desequilíbrio federativo. “A Federação Brasileira precisa de ajustes, e o presidente Temer, que é constitucionalista, tem tratado conosco desse tema. A presidente do STF nos recebeu recentemente com foco nesse tema do reequilíbrio federativo. Há o foco de interrupção do ciclo populista no poder, e em reformas que vão garantir a retomada do desenvolvimento, a queda dos juros, e garantia de que a inflação estará no centro da meta”, disse.

Ele também ressaltou que Goiás foi o primeiro Estado a sair da crise: “Temos confirmação com base nas nossas contas públicas, mas também dos institutos que medem a geração de empregos, por exemplo”. Explicou que isso foi possível graças ao ajuste fiscal realizado pelo governo estadual ainda em 2014.