Os secretários já não o obedecem. Aliás, cada um faz o que quer e ele nem consegue que todos o defendam. Uma entrega de materiais de educação no interior vira incêndio na base aliada governista.
Os servidores públicos reclamam do Ipasgo, Educação, reclamam, insatisfeitos. A ponto de alguém, em um evento qualquer, de repente cobrar: uai, se a educação aqui é tão boa, por que suas filhas foram estudar na Suíça?
Cachoeira lhe inspira medo. Tanto que cala sua boca apenas com um artigo amoroso em defesa de sua dama ofendida em festa da primeira-dama estadual.
A população reage nas ruas com ovos e frases de protesto. A juventude clama nas redes e praças: Fora, Marconi!
O governo não deslancha. Patina em lançamentos, relançamentos, anúncios de VLTs que não saem do papel… patina.
As promessas ficam no meio do caminho. As promessas e as autorizações assinadas com a escorreita mão esquerda e que vuram nada já viraram folclore estadual.
Assim Marconi está no fim de governo antes da hora. Daqui a pouco terá saído pelo povo, ainda que permaneça inquilino da Casa Verde.
Hoje, o que se vê: para não ir embora, Marconi cerca o Palácio por dentro: lá, policiais demais, enquanto fora, população com segurança de menos.
Marconi é refém faz tempo.
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Vassil Oliveira é jornalista