04 de dezembro de 2024
Opinião
Publicado em • atualizado em 23/06/2023 às 14:11

A que ponto chegamos? O fundo do poço é logo ali

A última vez que a seleção brasileira de futebol masculino levantou a taça da copa do mundo foi em 2002, ou seja, existe uma geração que nunca viu a seleção ser campeã e mais que isso viu um time que era considerado imbatível ir se apequenando.

Parece ser duro falar que a seleção está a cada dia mais pequena mundialmente, mas vamos aos fatos, tem 6 meses que o antigo treinador, Tite, deixou o comando da seleção, e até hoje a falta de profissionalismo que impera na Confederação Brasileira de Futebol sobre a definição do treinador que vai comandar o esquadrão verde amarelo mete medo nos mais acomodados.

O presidente da CBF disse essa semana que pode esperar até o ano de 2024 pela decisão do atual treinador do Real Madrid. Isso mostra que falta um plano para a seleção.

Existe uma discussão muito importante que fica escondida, existem técnicos que podem assumir a seleção aqui no Brasil, ou brasileiros pelo mundo que possam assumir a seleção com o objetivo de mostrar o que de melhor tem no futebol brasileiro? Ou seja, do futebol praticado por jogadores brasileiros?

Diniz, Dorival, Rogerio Ceni, Renato Gaúcho, Abel Ferreira, Jorge Jesus, Voyvoda, Alex, Zico, são muitos nomes que podem surgir e que não foram experimentados ainda, alguns brasileiros, outros não, uns com nomes já carimbados, outros com nomes em efervescência. Acredito que a especulação seja válida, mas a CBF que já falou em Guardiola e agora fala em Ancelloti , e se prepara para dizer a todos, NÓS TENTAMOS!

Ao tentar dar uma justificativa para os torcedores dizendo que se preocupa com a seca de titulos, essa direção do futebol mostra o desprestigio que eles estão criando na marca do futebol brasileiro. Seria melhor ter escolhido alguém e depois analisar se é o certo. Todos que forem anunciados serão criticados, mora no Brasil? Nunca treinou fora? Só treinou fora? Não conhece o futebol brasileiro? E por ai vai….

Hoje já somos coadjuvantes, e para ser protagonista não precisamos contratar um astro para o banco de reservas, temos que na verdade assumir que somos o maior destaque no futebol mundial. Os novos atletas são cobiçados, mostram personalidade, mas existe uma necessidade pulsante de mostrar que a seleção tem que tirar o melhor de cada jogador na posição que ele melhor se apresenta, o futuro professor da seleção, precisa somente disso, de gerir uma equipe que sabe jogar e ter estratégias para sair de situações que crise.

No mundo do futebol somos a noiva cobiçada e não o noivo a procura de um par para uma casamento que já está marcado.

marcley matos

Marcley Matos é Jornalista

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