16 de dezembro de 2024
Opinião
Publicado em • atualizado em 05/03/2023 às 16:51

A pandemia da obesidade

A prevalência global de obesidade quase triplicou entre 1975 e 2016, e a estimativa é que continue crescendo na maioria dos países. (Foto: reprodução)
A prevalência global de obesidade quase triplicou entre 1975 e 2016, e a estimativa é que continue crescendo na maioria dos países. (Foto: reprodução)

Mesmo com todos os problemas existentes atualmente, a pandemia da obesidade continua sendo uma das maiores crises de saúde pública enfrentadas em todo o mundo. Caracterizada pelo aumento significativo do aumento de peso em todas as faixas etárias e populações, a obesidade resulta em graves consequências para o bem estar e saúde das pessoas afetadas.

O excesso de peso e a obesidade podem levar a uma série de problemas de saúde, incluindo diabetes, doenças cardíacas, derrames, pressão alta, apneia do sono e até mesmo câncer. Além disso, a obesidade também pode afetar a qualidade de vida das pessoas, aumentando o risco de depressão, ansiedade e outras condições mentais.

A pandemia da obesidade não pode ser deixada de lado, e é importante reforçar sempre que ela vem como resultado de uma combinação de fatores que inclui a falta de atividade física, a dieta pobre em nutrientes e rica em calorias, o estresse, o sono inadequado e a genética. Além disso, a pandemia da COVID-19 tem exacerbado ainda mais a situação, com o aumento do sedentarismo e da alimentação pouco saudável.

De acordo com os últimos dados do Observatório Global de Saúde da OMS, coletados em 2016, mais de 1,9 bilhão de adultos estavam acima do peso, o que representa grande parcela da população mundial, sendo 650 milhões deles obesos. A prevalência global de obesidade quase triplicou entre 1975 e 2016, e a estimativa é que continue crescendo na maioria dos países, incluindo aqueles considerados de baixa e média renda. Por isso, a obesidade acabou sendo rotulada como uma pandemia, embora com um início mais lento de casos e efeitos prejudiciais do que a pandemia de H1N1 de 2009 ou a pandemia de COVID-19.

Para combater esta pandemia,no entanto, são necessárias intervenções de múltiplos níveis que abordem os fatores causais em todos os setores da sociedade. Isso inclui a promoção de estilos de vida saudáveis, a melhoria da educação nutricional, a criação de ambientes físicos e sociais que apoiem escolhas saudáveis e o desenvolvimento de políticas públicas que abordem o problema

O problema, porém, é muito complexo e desafiador. Apesar disso, com a prevenção e tratamento adequados, é possível controlar e reverter essa tendência preocupante, promovendo uma vida mais saudável e equilibrada para todas as pessoas.

Dr José Israel Sanchez Robles fala sobre pilates e seus benefícios. (Foto: divulgação)

José Israel Sánchez Robles é médico intensivista e nutrólogo

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