23 de novembro de 2024
Opinião
Publicado em • atualizado em 07/03/2018 às 20:26

A mulher advogada

Hoje comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Parabéns a todas as mulheres do Brasil! Em particular, como advogado, gostaria de parabenizar e prestar homenagens às mulheres operadoras do Direito. Isso, porque, ser mulher e advogada não é fácil. Por isso, aproveito esse 8 de março para comemorar e homenagear as colegas advogadas por serem mulheres e também por exercerem essa profissão que nos exige muito comprometimento pessoal e social.

No caso, saúdo netas, filhas, esposas, mães, avós e por que não noras, sogras, primas e tias, enfim, todas as mulheres corajosas que buscam, assim como na vida pessoal, se destacarem no dia a dia para serem bem-sucedidas no papel de profissional da advocacia.

No exercício dessa profissão, que constitucionalmente foi elevada à importância de ser indispensável à administração da justiça, ainda se vê injustiças contra as mulheres, apesar do crescente e louvável empoderamento alcançado. Isso porque, infelizmente, não é incomum que advogadas ainda sofram preconceito e constrangimento, e por que não dizer ainda, desconfiança quanto à competência profissional. Em um mundo em que se batalha por uma sociedade mais justa e igualitária, em que estão sendo revistos conceitos, não podemos permitir que uma mulher ainda sofra tais injustiças no exercício de sua profissão.

Aqui, cabe lembrar da carioca Myrthes Gomes de Campos, que há quase 120 anos, em 1898, como a primeira mulher a atuar como defensora num Tribunal do Júri, fez questão de ressaltar, em seu discurso de abertura da defesa, a importância da presença feminina nas carreiras jurídicas: “[…] Tudo nos faltará: talento, eloquência, e até erudição, mas nunca o sentimento de justiça; por isso, é de esperar que a intervenção da mulher no foro seja benéfica e moralizadora, em vez de prejudicial como pensam os portadores de antigos preconceitos.” (O País, Rio de Janeiro, p. 2, 30 set. 1899)

Por isso, como colega advogado, entendo que hoje devemos enaltecer, parabenizar e homenagear, as corajosas mulheres que escolheram ser advogadas atuantes, discutindo leis, questionando doutrinas, oxigenando a jurisprudência, enfim, exercendo de forma independente e corajosa essa que é uma das mais belas profissão.

Danilo de Freitas é advogado e presidente do Instituto Goiano de Direito Eleitoral