07 de agosto de 2024
Opinião
Publicado em • atualizado em 16/03/2023 às 16:25

A GCM que a cidade precisa

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

A falta de segurança nos CAIS da Capital é responsabilidade da Guarda Civil Metropolitana – GCM. No mesmo período em que a mídia goiana noticiou essa informação, outra notícia relacionada está na boca do povo, o convênio no qual a mesma passa a cumprir funções de fiscalização de trânsito. Poderia a Guarda ser onipresente e onipotente? Foi pública e notória a atuação durante o carnaval, onde interviu na maioria dos blocos de maneira despreparada, acabando com as comemorações. Será que o paço vai continuar atribuindo funções à instituição pra cobrir os buracos de outras?

O carnaval em Goiânia poderia ser importantíssimo para a cidade, que costuma se esvaziar no feriado. Ao invés dos goianienses irem para o interior, a cidade poderia se tornar um polo turístico, dada a potencialidade que demonstrou para o florescimento do carnaval nos últimos anos. Contudo, o despreparo do poder público para a festividade é evidente. A violência estatal durante as festividades marcou páginas, jornais e mídias alternativas.

No último sábado (11/03), a GCM compareceu ao beco que comporta o Breguella’s, Meio Bar e Tank Cheio, bares conhecidos localizados no Shopping Center Sul, Setor Oeste. Com a presença de várias viaturas, sendo uma delas da ROMU, e um veículo da AMMA, permaneceram no local na maior parte da noite. Não foram bem recebidos, o som já estava desligado antes do horário combinado e o acesso local da rua foi fechado, dificultando o trânsito e o comercio. A atuação gerou um clima de ilegalidade, atitude desaprovada por clientes e proprietários de estabelecimentos.

As atitudes recentes comprovam: A Prefeitura de Goiânia precisa traçar prioridades para a GCM. Precisa também traçar um plano efetivo de atuação do poder público em eventos. Som alto se resolve com multas, a presença da Guarda é bem-vinda, desde que não seja fechando os acessos e com fuzis, incompatíveis com o pior cenário possível para um evento público. Enquanto o poder público escorrega, a instituição fica mal vista, por culpa da má administração.

Fábio Júnior

Fábio Junior é formado em Economia pela Universidade Federal de Goiás e estudante de Direito pela mesma instituição

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