Por Alípio Nogueira, radialista e advogado
A eminência de colocar o Brasil no epicentro da crise da maior pandemia dos últimos 100 anos no mundo tem nome e endereço. Chama-se Ronaldo Ramos Caiado e reside, oficialmente, no Palácio das Esmeraldas.
Se acalmem, vou explicar a partir de agora. É claro que os resultados catastróficos que se aproximam, nem de longe, tem os dedos do governador goiano. Mas é fato que se Caiado tivesse ouvido seus aliados políticos em 2017 – quando (os aliados) tencionavam lançá-lo candidato a presidência da República – nada disso estaria acontecendo. Era a hora, o momento.
O país havia se cansado da esquerda, dos neoliberais e clamava por uma direita radical. Quando Caiado declina da possibilidade de disputar o pleito maior, abre a possibilidade de qualquer um, qualquer um mesmo, da direita ter sucesso no pleito. E assim foi! Um “Bossalnaro” qualquer surge e, sem pestanejar, o povo o consagra para uma sonhada mudança.
Agora, longe daquele lunático e desejado sentimento de mudança, estamos todos reféns das atrocidades, da falta de respeito e da inconsequência da maior autoridade do país.
Bolsonaro é ingovernável. É daqueles que se sentem donos da verdade e só, unicamente só, sua opinião prevalece. Em certos momentos quando estampa sua ira contra a ciência e a prudência parece um revoltado e invejoso que não teve o cuidado de estudar e se aprimorar no que há de mais rico nas pessoas, o conhecimento.
Então Caiado e Luiz Henrique Mandetta, médicos conceituados que são, se dão alta de uma patologia desgovernada. Em contrapartida Bolsonaro coloca a saúde do povo brasileiro em estado terminal e sem leito de UTI.
Tá vendo Caiado? A culpa é toda sua. Se lá atrás tivesse tido a ousadia que sempre marcou sua trajetória, não estaríamos padecendo do mal incurável que a megalomania do presidente nos impõe
Alípio Nogueira é radaialista, narrador esportivo e advogado