As operações de crédito do sistema financeiro somaram R$ 3,013 trilhões em janeiro, com queda de 0,2% no mês e alta de 11% em doze meses. O montante representou 58,5% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos em um país). Em dezembro, esse percentual chegou a 58,9% e, em janeiro de 2014, a 55,7%. As informações foram divulgadas hoje (25) pelo Banco Central (BC).
Do montante das operações de crédito, R$ 1,588 trilhão são pessoas jurídicas e R$ 1,425 trilhão, pessoas físicas. O saldo de operações envolvendo pessoas jurídicas caiu 1,1% em relação a dezembro e 9,2% em doze meses. No caso de pessoas físicas, houve alta mensal de 0,9%, e a anual de 13,2%.
O crédito com recursos livres, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado, somou R$ 1,566 trilhão. Houve queda de 0,7% na comparação com dezembro e alta de 5,1% em doze meses. Já o crédito com recursos direcionados, em que os empréstimos devem seguir regras definidas pelo governo, alcançou saldo de R$ 1,447 trilhão, registrando alta de 0,5% no mês e de 18,2% em doze meses.
O BC informou que mudou a metodologia para cálculo das informações sobre crédito. De acordo com a autoridade monetária, uma das alterações foi a desagregação do saldo das operações de crédito por setor de atividade econômica. Passou ainda a existir maior detalhamento em cada setor de atividade. Em função da mudança, várias séries históricas foram revisadas.
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse que a redução no estoque das operações de crédito no início do ano é comum. Ele destacou o fato de o recuo ter sido puxado pelo crédito para pessoas jurídicas. “O crédito às empresas em janeiro é mais fraco e isso reflete na redução do saldo como um todo. No ano passado, não houve redução, porque o crescimento do crédito direcionado foi maior”, analisou. Maciel previu que, a partir de fevereiro, a tendência é a retomada do saldo das operações de crédito.
Com informações da Agência Brasil
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