Em depoimento ao juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal nesta sexta-feira (11), os advogados Vladimir e Camilo Spíndola negaram ter recebido pagamento da empresa Marcondes e Mautoni (M&M) por serviços que não foram prestados.
Vladimir e Camilo Spíndola foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) no DF por lavagem de dinheiro, investigadas na Operação Zelotes, que apura suposto esquema de venda de sentenças do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda, para beneficiar empresas do setor automobilístico.
Segundo a denúncia do MPF, a mãe de Vladimir e servidora pública Lytha Spíndola, que também foi denunciada, teria usado o escritório do filho para receber R$ 2 milhões da M&M. Na denúncia consta que os irmãos sabiam das irregularidades praticadas pela mãe e ainda a ajudavam ocasionalmente.
“Pela denúncia, eu e meu irmão somos incapazes. Esse dinheiro foi ganho por trabalhos prestados e declarados. Para mim, o mais importante é que eu tenha esclarecido os fatos e que o senhor possa me absolver dessa acusação, absolutamente injusta, feita de forma sórdida”, afirmou o Vladmir.
Também em depoimento, Camilo Spíndola disse que não prestou serviços à empresa. “Não atuo nesses temas [tributários], mas acompanhei o tanto que meu irmão trabalhou para esse cliente. O trabalho [era] diurno e noturno, quase exclusivo, naquela época [em 2010]. Eu sou testemunha, não apenas como irmão, mas como sócio do escritório de que meu irmão trabalhou mais de 14 horas por dia naquele processo”, afirmou advogado.
Vladmir ainda falou que o MPF o colocou na denúncia por ser sido “levado ao erro”. “A Polícia Federal sabia que nós prestamos serviços”, explicou.
Com informações da Agência Brasil
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