A informação da prisão do deputado estadual Daniel Messac (PTB) foi executada pelo Ministério Público do Estado de Goiás. Em 8 de novembro passado, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realizou uma operação contra coação de testemunha da Operação Poltergeiste, ocorrida em 2014.
A operação investigava a contratação de funcionários fantasmas na Assembléia Legislativa de Goiás. Agora, a testemunha estaria sofrendo pressão por parte dos investigados.
No começo de novembro, a residência do deputado estadual foi alvo de buscas sob acusação de liderar o suposto “esquema criminoso”, segundo o MPGO.
No cumprimento do mandado na casa do parlamentar, foi apreendida a quantia de R$ 13 mil e encontrado, em uma gaveta, o depoimento de uma testemunha ameaçada.
Em nota, o MInistério Público informou alguns detalhes da ação do GAECO.
NOTA – MINISTÉRIO PÚBLICO
O GAECO, com o apoio do Centro de Inteligência do MPGO, cumpriu no início da tarde de hoje (07/12/2018) mandado de prisão preventiva decretada pelo Desembargador João Waldeck Felix de Sousa, do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, contra o Deputado Estadual DANIEL MESSAC DE MORAIS.
A medida é um desdobramento da Operação Embaraço, deflagrada em 08 de novembro desse ano, na qual foram presos preventivamente um pastor e um ex-policial federal ligados ao parlamentar, além do cumprimento de mandados de busca e apreensão em alguns endereços, inclusive, na residência de DANIEL MESSAC.
A Operação Embaraço investigou a coação de uma testemunha, no interior do Fórum de Montes Claros de Goiás/GO, que havia colaborado com as investigações da Operação Poltergeist, na qual DANIEL MESSAC foi denunciado como chefe de uma organização criminosa que desviava salários de servidores fantasmas do seu gabinete ou indicados por ele.
Após a análise do material apreendido, foi constatado que a intimidação à testemunha ocorreu a mando do referido parlamentar, pois foram encontrados diversos documentos que o ligava aos dois envolvidos, inclusive conversas em que o ex-policial cobrava valores do deputado.
Na residência do parlamentar também foram encontrados diversos documentos relevantes, como a cópia do depoimento prestado durante as investigações da Operação Poltergeist, pela testemunha intimidada, a qual ainda não foi ouvida na ação penal.
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