Os resultados da mega Operação Líquido Dourado foram divulgados nesta quarta-feira (6) pelo titular da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Carga (Decar), Alexandre Bruno Barros. A operação, realizada no Jardim Novo Mundo, em Goiânia, e em Senador Canedo, na região metropolitana da capital, foi uma das maiores envolvendo furtos e roubos de carga de combustíveis no país.
A ação conjunta entre as polícias Civil, Militar, Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros, Detran-GO e Guarda Municipal de Goiânia, reuniu mais de 80 agentes. A investigação tem cerca de quatro meses. Ao todo, mais de 50 caminhões foram parados, totalizando 156 pessoas abordadas. Dessas, 14 foram conduzidas para a Delegacia e 10 foram detidas e autuadas em flagrante.
Durante coletiva de imprensa, o delegado Alexandre Barros afirmou que em aproximadamente dois anos, os prejuízos em relação aos combustíveis foram em torno de R$ 15 milhões. De acordo com ele, chama a atenção o fato de que os motoristas dos caminhões eram coniventes e colaboravam para o furto e roubo dos produtos, que eram sugados por aparelhos vulgarmente conhecidos como chupa-cabras. Dependendo do combustível o litro era comercializada a R$ 1.
Tais aparelhos eram colocados nos caminhões e conseguiam realizar a sucção de mil litros de combustível a cada dez minutos, sem estragar o lacre do veículo. Segundo o Subcomandante do Policiamento Rodoviário da PM, Evenir Franco Jr., a maioria dos motoristas abordados portavam recipientes (baldinhos) para o armazenamento dos combustíveis, ou estavam com os lacres dos veículos frouxos, o que facilitava a retirada do líquido.
O delegado Alexandre Barros ressalta que os proprietários de postos de combustível e distribuidores que compravam e comercializavam o produto também cometeram crime de receptação e devem ser investigados nas próximas fases da operação.
Foram apreendidos ainda cinco veículos, dois caminhões; um deles roubado, um aparelho Jammer (bloqueador de sinal) e duas CNHs falsas.
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