12 de setembro de 2024
Violência

Operação deixa ao menos 18 mortos no Rio de Janeiro; entre vítimas estão policial e idosa

Outros 16 mortos são de suspeitos ligados ao crime; ação já é a quinta mais letal da história no RJ
De acordo com as autoridades, havia mais de 30 mandados de prisão a serem cumpridos no Alemão
De acordo com as autoridades, havia mais de 30 mandados de prisão a serem cumpridos no Alemão

Já são 18 o número de pessoas mortas na operação das forças de segurança realizada nesta quinta-feira (21) no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Dentre as vítimas, estão o cabo da Polícia Militar Bruno de Paula Costa e de Letícia Marinho Salles, 50 anos, atingida dentro de um carro.

A ação da Polícia Militar, que durou cerca de 12 horas, em conjunto com a Polícia Civil, equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) reuniu, pelo menos, 400 policiais, com apoio de quatro aeronaves e de 10 veículos blindados, tinha objetivo de combater o roubo de veículos, de carga e a bancos.

Segundo as autoridades, aliás, as outras 16 mortes seriam de suspeitos com ligações ao crime organizado. De toda forma, não se trata de uma história com sinônimo de segurança, já que mais uma vez o Rio de Janeiro se torna centro de um episódio violento, o 5º mais letal de sua história, segundo levantamento do Geni (Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos) da UFF (Universidade Federal Fluminense).

Além disso, e dos vários mortos, está a do profissional da segurança, citado acima, que trabalhava na PM desde 2014 e uma idosa, provavelmente inocente, que estava com seu namorado, foi alvejada por outro policial e terá a morte investigada, de acordo com o o coronel Rogério Lobasso, subsecretário de Gestão Operacional da Polícia Militar.

Ao final da operação, foram presos apenas cinco suspeitos, menos de um terço dos que morreram, incluindo um do estado do Pará, ligado à mesma facção criminosa que controla o Complexo do Alemão. O governador Cláudio Castro informou nas redes sociais que pediu ao ministro da Justiça, Anderson Torres, a remoção dos criminosos presos na operação para unidades federais.

Os nomes dos suspeitos mortos ainda não foram divulgados pela polícia, pois continuavam, até o início da noite, em processo de identificação. Mas fotos mostraram vários corpos sendo carregados em lençóis pelos moradores da região.


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