13 de agosto de 2024
Brasil

Operação da Polícia Federal mira PT na Bahia e OAS

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Polícia Federal deflagrou nesta terça (4) a Operação Hidra de Lerna, que investiga um grupo criminoso responsável tanto pela possível prática de financiamento ilegal de campanhas políticas na Bahia quanto por esquemas de fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades.

Entre os alvos estão a construtora OAS, também investigada na Lava Jato, o diretório do PT na Bahia e a empresa de comunicação Propeg.

A ação cumpre 16 mandados de busca e apreensão. Em razão do foro por prerrogativa de função de alguns investigados, foram todos deferidos pela ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura, do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

A casa do ex-ministro das Cidades Mario Negromonte (PP) também é alvo de buscas. A sede do PT na Bahia foi isolada para evitar que o local fosse foco de manifestações. A Hidra de Lerna deriva de três colaborações premiadas feitas no âmbito da Operação Acrônimo, já homologadas pela Justiça e em contínuo processo de validação pela Polícia Federal. Tem como origem dois novos inquéritos em tramitação no STJ e cuja distribuição entre os ministros da corte ocorreu de forma automática.

A PF suspeita que os esquemas investigados realizassem triangulações com o objetivo de financiar ilegalmente campanhas eleitorais, para isto a empreiteira sob investigação contratava de maneira fictícia empresas do ramo de comunicação especializadas na realização de campanhas políticas, remunerando serviços prestados a partidos políticos e não à empresa do ramo de construção civil.

Em outra direção a PF pretende investigar a ocorrência de fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades.

O nome Hidra de Lerna remete à figura da mitologia helênica, que ao ter a cabeça cortada ressurge com duas cabeças. A Operação Acrônimo, ao chegar a um dos líderes de uma organização criminosa, se deparou com uma investigação que se desdobra e exige a abertura de dois novos inquéritos.

OUTRO LADO

Em nota, o Ministério das Cidades disse que não recebeu nenhuma notificação sobre a operação da Polícia Federal. “Em poder das informações, a pasta terá condições de avaliar do que se trata e capacidade de instaurar, imediatamente, processos administrativos disciplinares para investigar a denúncia.”

A nota afirma que o Ministério das Cidades vai colaborar “com todas as informações necessárias para garantir eficiência e transparência na aplicação dos recursos citados”.


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