07 de agosto de 2024
Investigações • atualizado em 03/05/2023 às 08:36

Operação da PF faz buscas na casa de Bolsonaro e prende ex-ajudante de ordens Mauro Cid

Os fatos investigados configuram, em tese, crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores
Ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ajudante de ordem Mauro Cid. (Foto: reprodução)
Ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ajudante de ordem Mauro Cid. (Foto: reprodução)

A Polícia Federal (PF) de Brasília iniciou a quarta-feira (3) realizando busca e apreensão em uma casa de Bolsonaro (PL), no Jardim Botânico, e prendendo o ex-ajudante de ordem do ex-presidente, o tenente-coronel Mauro Cid.

Os mandados cumpridos envolvem o âmbito do inquérito das milícias digitais, do Supremo Tribunal Federal (STF). Mauro Cid, que já tinha um depoimento marcado na PF hoje, sobre as joias dadas ao governo brasileiro pela Arábia Saudita, ainda será ouvido, mas a prisão não está relacionada a esse caso.

Os policiais cumpriram o mandado de prisão contra o ex-ajudante de Bolsonaro na Operação Venire, deflagrada hoje, que investiga a prática de crimes na inserção de dados falsos sobre vacinação contra Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde (sistemas SI-PNI e RNDS).

Já os fatos investigados configuram, em tese, crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores. Além de Mauro Cid, sua filha e esposa de Mauro, além de outros assessores de Bolsonaro estão entre os alvos da operação.

Por isso há buscas nessa casa de Bolsonaro, que faz parte de um dos 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro.

Em nota a Pf informou que as inserções falsas ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, e tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários.

“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid-19”, ainda consta no informe da polícia. Os investigadores também realizam a análise do material apreendido durante as buscas.


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