Os ônibus do transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia deverão operar apenas com passageiros sentados, de acordo com novo decreto publicado neste domingo (07/03) pela Prefeitura de Goiânia. A pauta foi um dos assuntos centrais da reunião que os prefeitos tiveram ao longo deste último sábado (06/03) que definiu o futuro do lockdown parcial nas cidades que ficam no entorno da capital goiana.
“Empresas do transporte público coletivo deverão observar, rigorosamente, o limite de capacidade de passageiros sentados, sendo proibido o embarque nos veículos acima deste limite”, diz trecho do decreto.
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A paralisação total do serviço de transporte público era um pedido de segmentos do setor empresarial da região e foi liderada pelo presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO) que defendia que o translado de funcionários aos seus locais de trabalho fossem bancados pelos chefes por meio de veículos particulares. A ideia chegou a agradar alguns gestores municipais.
No entanto, setores do judiciário como o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e Defensoria Pública colocaram fim no debate. A argumentação foi que o serviço de transporte coletivo era considerado essencial e não poderia ser interrompida. A proposta também não agradou outros segmentos. Empresas de segurança privada, limpeza e conservação de patrimônio repudiaram a ideia que não foi adiante.
A Prefeitura de Goiânia, se comprometeu na reunião em intensificar e ampliar a fiscalização no transporte coletivo, mas ainda não deu detalhes de como será a logística. A Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos havia dito no último dia 22 de fevereiro que os ônibus circularem apenas com passageiros sentados era impossível. Marcelo Baiocchi, presidente da Fecomércio-GO, disse que o novo texto não atende a demanda do setor. “Mantemos o comércio fechado e o vírus continua passeando de ônibus”, pontuou.