Após quase um mês do início do verão no hemisfério norte, os países do sul europeu vem sofrendo com a alta das temperaturas. Entre diversas as informações divulgadas, relata-se centenas de mortos, número pode ter passado de mil, por conta da onda de calor. Apenas em Portugal e na Espanha, já são mais de 900 óbitos confirmados por este motivo.
Dados do Instituto de Saúde Carlos 3º, na Espanha, apontou ao menos 360 mortes relacionadas ao calor no país nos últimos 6 dias. Enquanto isso, neste domingo (17), o país enfrentava cerca de 20 incêndios ainda ativos e fora de controle. Na Galícia, na região noroeste, o fogo destruiu cerca de 4.500 hectares durante a semana.
Já em Portugal, a Direção-Geral de Saúde do país contabilizou, até a noite de sábado (16) a morte de 659 pessoas em meio à onda de calor nos sete dias anteriores, a maioria deles idosos. A maioria das mortes aconteceu na quinta-feira (14), quando as temperaturas passaram dos 40ºC na maior parte do país, registrando o dia mais quente do ano, recorde de 47ºC no distrito de Viseu, 300 km ao norte de Lisboa.
Na França, a situação também é crítica. Bombeiros continuam lutando contra dois incêndios que já devastaram em torno de 11 mil hectares desde terça-feira (12) na região de Bordeaux, sudoeste do país, uma área equivalente à da cidade de Paris. Segundo a agência meteorológica Météo-France, as temperaturas podem chegar a 40ºC nessa área e há a previsão de que esta segunda-feira (18) deve o dia mais quente do ano até agora.
A situação se estende até mesmo no Reino Unido, onde as autoridades decretaram a primeira emergência nacional por calor extremo. No sul da Inglaterra, as temperaturas também podem ultrapassar os 40°C pela primeira vez hoje ou nesta terça-feira (19). Passageiros de trens foram aconselhados a viajar apenas se for absolutamente necessário e pode haver atrasos e cancelamentos generalizados.
A preocupação é maior, por que no ano passado, nesta região da Europa, dois episódios de calor menor causaram cerca de 1.600 mortes a mais, segundo dados oficiais, logo, a atual bolha de calor ainda pode matar milhares de pessoas, alertam os meteorologistas e médicos no Reino Unido.
O Met Office, serviço nacional de meteorologia do Reino Unido, descreveu a previsão do calor que vem da França e da Espanha como “absolutamente sem precedentes” e instou as pessoas a tratá-lo como um alerta de tempestade e considerar a mudança de planos.
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