A OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou nesta sexta-feira (18) que a zika e complicações neurológicas relacionadas ao vírus não constituem mais uma emergência de saúde internacional. Afirmou, entretanto, que continuará a trabalhar contra o surto com um “programa robusto”.
O Comitê de Emergência da OMS, que em fevereiro havia declarado a zika uma emergência de saúde internacional, ainda disse que “o vírus zika e consequências associadas continuam sendo um desafio duradouro de saúde pública exigindo ação intensa”.
“Não estamos diminuindo a importância da zika ao colocá-la como um programa de trabalho mais longo, estamos enviando a mensagem de que a zika está aqui para ficar”, disse Peter Salama, diretor-executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, em entrevista coletiva, na sede da organização, em Genebra, na Suíça.
Apesar do anúncio da OMS, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, já havia dito mais cedo nesta sexta que a situação de emergência será mantida no Brasil por tempo indeterminado. Ele também anunciou novos critérios e exames que devem ser aplicados na rede de saúde para gestantes e bebês com suspeita de zika.
A partir de agora, bebês cujas mães tiveram zika devem ser acompanhados até os três anos, independente de terem ou não o quadro de microcefalia. O objetivo é identificar outros danos relacionados ao vírus, conforme a Folha divulgou em julho deste ano.
Folhapress
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