Ao contrário dos que acreditam que a oficialização do apoio do PMDB à pré-candidatura de José Batista Júnior, o Júnior do Friboi (PMDB), é uma estratégia de auto-anulação, o deputado estadual Daniel Vilela (PMDB) segue convicto de que o empresário será, de fato, o nome do partido em 2014.
“Não acredito na existência de uma estratégia, mas se ela existe, está equivocada. Tenho certeza de que o Júnior é o nosso melhor quadro e a oficialização do apoio do partido reforçou a vontade dos militantes. Sua candidatura no próximo ano é um caminho sem volta. Inevitável”, declarou o deputado ao Diário de Goiás, na tarde desta terça-feira, 3.
Para Daniel, somente uma “hecatombe política” seria capaz de retirar Friboi da disputa. “Não vejo a possibilidade de ele não ser o candidato. Júnior tem trabalhado para ser o nome do PMDB e tem o apoio de uma grande maioria dos partidos aliados.”
Quanto ao PT, o peemedebista defende um lugar na chapa majoritária. “Não vejo motivos para criarmos tensão com o PT. É um partido importante em nossa aliança.”
Quando o assunto é pesquisa eleitoral, o deputado diz não ser o principal fator e cita ainda como exemplos outros candidatos que saíram de um baixo índice de aprovação e alcançaram a vitória. “Veja o Maguito em 1994, o Marconi em 1998 e o Alcides em 2006. Por que com Friboi seria diferente?”
Um ponto não ressaltado no argumento de Daniel é que, nos casos de Maguito Vilela (1994) e Alcides Rodrigues (2006), suas candidaturas contavam com o apoio da estrutura do governo, da máquina. Marconi Perillo, em 1998, foi um caso atípico. O governador representou uma chapa única das oposições, a mesma chapa que na eleição anterior, em 1994, dividida entre Lúcia Vânia (PSDB) e Ronaldo Caiado (DEM), deu a vitória ao atual prefeito de Aparecida de Goiânia.
A defesa de Daniel Vilela à postulação de Júnior do Friboi ao governo do Estado não cogita a possibilidade de o ex-governador Iris Rezende (PMDB) entrar na disputa. Em sua análise, Iris é de fundamental importância ao partido, mas não se apresenta, oficialmente, como um possível candidato.
Já o empresário da carne, do outro lado, distribui um discurso de que o acordo está feito. “Tenho conversado com Iris e ele apoia minha candidatura. O ex-governador é um ótimo nome para o Senado”, repetiu em seu discurso de ontem à noite, após a moção de apoio do PMDB ao seu nome.
No resumo dos fatos, a questão evidente é que a eleição está em curso no Estado de Goiás. E ele ocorre, hoje, dentro do PMDB.
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