SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Quem quisesse bater papo no meio da guitarra mais ruidosa no show da banda The Offspring, atração do headline no último dia de Rock in Rio, conseguiria fazê-lo sem alterar tanto a voz. Em alguns pontos na plateia, o volume do som estava muito baixo, especialmente para vocais e os timbres instrumentais mais graves. Cinco músicas após o início do show, o público começou a cantar em coro “aumenta o som”. Não adiantou: restou relaxar e curtir daquele jeito mesmo.
Embora prejudicada pelo erro técnico, a banda punk segurou o público até o fim, expressando toda a sua familiaridade com os brasileiros. “Vocês são os mais loucos e são a melhor plateia do mundo”, gritou o vocalista Dexter Holland, mais de uma vez. Além de fazer shows com regularidade no país, a banda toca pela segunda vez no Rock in Rio. A primeira foi no palco Sunset, em 2013.
Os californianos do Offspring abriram com “You Are Gonna Go far, Kid”, música de um álbum mais recente, “Rise and Fall, Rase and Grace” (2008), mas logo em seguida, com “All I Want” recuaram aos hits dos anos 1990, época em que sua popularidade estourou internacionalmente.
Em “Staring At The Sun”, do álbum “Americana” (1998), um dos mais lembrados na noite, o público aquecido começou a formar rodas de pogo em diversos pontos na plateia. Em “Want you Bad”, cujo narrador diz amar uma mulher embora ela seja muito boazinha, a plateia já estava ignorando problemas técnicos e respondendo ao vigor dos músicos quase na mesma altura.
“Kids Aren’t Alright”, também do disco Americana (1998), e o sucesso “Self Steem”, do álbum “Smash” (1994), aquele que, mesmo lançado por uma gravadora independente, fez a banda vender como água, fecharam o set list. Se som estivesse melhor, teria sido um encerramento volumoso.
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