O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), encaminhou ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) depoimentos de ex-executivos da Odebrecht que dizem ter repassado R$ 13,5 milhões ao atual governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), para que ele atendesse interesses da empresa quando era ministro do governo Dilma Rousseff.
A informação, de acordo com a decisão de Fachin, é corroborada pela delação de seis colaboradores, entre eles Marcelo Odebrecht, ex-presidente da companhia, e Cláudio Melo Filho.
Pimentel chefiou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior de 2011 e 2014, quando deixou o posto para se candidatar ao governo de Minas.
Segundo os delatores, o repasse de R$ 13,5 milhões foi “implementado por meio do setor de operações estruturadas da companhia”, que era responsável por pagamentos ilegais da companhia aos políticos.
O despacho de Fachin não esclarece quais teriam sido os interesses pleiteados pela companhia nem informa se eles foram ou não atendidos por Pimentel.
Tampouco há indicação se os valores tinham relação com doações eleitorais.
Ainda de acordo com os delatores, houve também pagamentos a agentes públicos para que a empresa acessasse atas sigilosas do Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações, órgão que acompanha as operações do Programa de Financiamento às Exportações. (Folhapress)
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