O Dia Mundial da Obesidade, celebrado em 4 de março, e a Semana de Cuidados com a Obesidade, celebrada de 1º a 7 de março, destacam a importância da conscientização sobre o tema. Segundo o médico nutrólogo Arthur Rocha, a data foi estabelecida com o propósito de aprimorar políticas de combate e acessibilidade para pessoas obesas, sendo considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos principais desafios da saúde pública.
Conforme um estudo publicado nesta sexta-feira (1º), pela revista The Lancet e organizado pela OMS, o mundo conta com mais de 1 bilhão de pessoas obesas, ampliando o risco para a saúde em dezenas de sociedades. De acordo com o estudo, a obesidade deixou de ser um problema apenas dos países ricos e se transformou num problema mundial.
Para o especialista, o diagnóstico da obesidade é uma forma de prevenção para evitar o agravamento da condição, que pode gerar outras complicações como como diabetes tipo 2, pressão alta e doenças cardíacas. “O tratamento pode ser realizado por meio da reeducação alimentar, juntamente com uma variedade de estratégias, como a alteração do estilo de vida e a adoção de práticas esportivas. Recomendo, portanto, uma abordagem multidisciplinar para a eficácia desses casos”, afirma Arthur.
Atualmente, o tema está sendo debatido no Senado Federal, associado à elaboração de projetos de lei em análise para o combate efetivo dessa enfermidade. Algumas das normas propostas incluem a rotulagem de alimentos industrializados com alto teor de sódio e gordura, e a proibição de cobranças adicionais para essas pessoas em transporte e eventos culturais. Além disso, há demandas por equipamentos adequados para o atendimento dessa população e iniciativas relacionadas à Obesidade Infantil.
Obesidade no Brasil
Em 2020, a Pesquisa Nacional de Saúde indicou que 25% dos brasileiros eram afetados pela obesidade. Contudo, o Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas (Covitel), de 2023, revelou um aumento de 90% na incidência da doença entre indivíduos de 18 a 24 anos, comparado ao ano anterior. Durante a pesquisa, cerca de 31,6% dos participantes receberam o diagnóstico de ansiedade, um fator que pode levar à compulsão alimentar, contribuindo assim para a obesidade.
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