A Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO) anunciou nesta segunda-feira (17/10) que irá acompanhar as investigações da Polícia Civil que buscam informações sobre a agressão de um suposto advogado bolsonarista a mulheres que estavam com adesivos do PT num pit dog em Goiânia.
A entidade classificou como “lamentável” as cenas que viralizaram na internet ao longo deste domingo (16/10) e as agressões verbais que culminaram em violência generalizada com o que seria um advogado simpatizante com o atual presidente da República Jair Bolsonaro (PL) dando socos em uma militante petista.
“Independentemente da participação de um advogado no lamentável episódio – o que será objeto de apuração pela OAB-GO –, os fatos são lastimáveis e contrariam o direito constitucional dos cidadãos de se manifestarem livremente e de escolherem legitimamente seus representantes pelo voto. A intolerância ali transbordante fere a democracia, valor maior da nossa ordem jurídica e princípio fundamental da República”, pontuou na nota.
A OAB-GO ainda destacou que poderá tomar eventuais providências com relação ao advogado quando o inquérito da Polícia Civil for finalizado. “A OAB-GO acompanhará o desenrolar da denúncia e investigação pela autoridade policial com especial atenção e cuidado, uma vez que o episódio atinge temas muito caros à sociedade e à advocacia: a violência contra os pensamentos divergentes e a agressão a mulheres”, salientou.
PT vai buscar providências na Justiça Eleitoral
Após a repercussão do assunto ganhar as redes, o PT em Goiás decidiu tomar algumas providências. Por meio de nota, a Federação Brasil da Esperança diz que tomará as pertinentes providências legais junto à Justiça Eleitoral, ao Ministério Público e à OAB-GO.
A Polícia Civil de Goiás abriu uma investigação para identificar os responsáveis. De acordo com a corporação, o caso foi registrado na Central de Flagrantes e será encaminhado à 4ª Delegacia de Polícia. A Polícia Civil informou, ao jornal O Globo, que os agressores foram embora da lanchonete sem serem identificados.
No boletim de ocorrência a vítima narrou que a briga começou por causa de divergência política. No entanto, todo o contexto e motivação serão esclarecidos com a investigação, conforme explica a corporação.
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