20 de dezembro de 2024
Cidades

OAB-GO decide apoiar impedimento da presidente Dilma Rousseff

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás decidiu manifestar-se à favor da abertura de processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff (PT). Em sessão ordinária na noite de ontem (16), proposta pelo presidente da entidade, Lúcio Flávio Paiva, foram registrados 62 votos favoráveis, 11 contrários e três abstenções.

A reunião foi proposta momentos após a imprensa nacional divulgar fatos novos relativos ao grampo telefônico de diálogos entre Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Veja a nota na íntegra:

Por 62 votos a 11, a OAB-GO decidiu, em sessão ordinária na noite desta quarta-feira (16), manifestar-se favoravelmente à abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Foram registradas três abstenções. 

A votação foi proposta pelo presidente, Lúcio Flávio Siqueira de Paiva no início da noite desta quarta-feira (16), momentos após  a imprensa nacional divulgar fatos novos relativos ao grampo telefônico de diálogos entre Dilma Roussef e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. 

Lúcio Flávio confirmou presença na sexta-feira (18), em Brasília (DF), na sessão extraordinária convocada pelo presidente nacional da OAB, Cláudio Lamachia, para deliberar sobre o pedido de impeachment de Dilma. 

A posição da OAB pode ser decisiva no processo, a exemplo do que ocorreu em 1991, quando a Ordem protagonizou  o pedido de impeachment do então presidente Fernando Collor. Na época, a OAB se associou com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Instituto de Estudos Socioeconômicos, Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, Associação Brasileira de Imprensa e outras entidades civis e deu início ao “Movimento pela Ética na Política”, tendo como bandeira o impeachment do então presidente.

Desde fevereiro deste ano, quando solicitou na Justiça Federal acesso aos autos da Operação Lava Jato, a Ordem cogita a possibilidade de pedir o impeachment de Dilma, e chegou a provocar a decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), de tirar o sigilo da delação premiada do senador Delcídio do Amaral. 


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