08 de agosto de 2024
Política

O Popular: Policiais prometem desocupar Assembleia Legislativa

Segundo informações do jornal O Popular, desta sexta-feira, 29, após conversa com o governador do Estado, Marconi Perillo (PSDB), os policiais civis em greve há 72 dias decidiram desocupar o Plenário da Assembleia Legislativa de Goiás, onde estão acampados desde o dia 18 deste mês.

Confira, na íntegra, a reportagem da jornalista Rosana Melo:

Depois de 72 dias de greve e 12 de ocupação do plenário da Assembleia Legislativa, policiais civis decidiram, em assembleia realizada no início da noite de ontem, desocupar o plenário às 9 horas de hoje, para mostrar que estão dispostos a negociar com o governo.

Mais cedo, no início da tarde, uma comissão formada por membros do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) e da União Goiana dos Policiais Civis (Ugopoci) esteve em um evento no Centro de Esporte e Lazer da Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (CEL-OAB), em Aparecida de Goiânia e abriu faixas pedindo o início das negociações assim que o governador Marconi Perillo começou o discurso.

Ele fazia a entrega do Prêmio Poupança Aluno aos estudantes de Aparecida de Goiânia e ao final foi falar com os manifestantes. Ele cumprimentou alguns deles e garantiu que se a categoria desocupar o plenário da Assembleia Legislativa e for maleável quanto à proposta de reajuste salarial, ele recebe uma comissão dos grevistas ainda hoje.

A comissão chegou à Assembleia Legislativa por volta das 16 horas, quando o presidente do Sinpol, Silveira Alves Moura falava com mais de 400 policiais no plenário. Um vídeo feito do encontro com o governador foi mostrado aos grevistas e seguiu-se uma discussão sobre aceitar ou não a proposta do governador.

Segundo os representantes do Sinpol que foram ao encontro do governador, as exigências para iniciar as negociações era a desocupação do plenário e serem flexíveis na negociação, já que o Estado não tem condição de pagar o aumento que a categoria deseja.

RECEITA

Silveira retrucou dizendo que há receita para pagar o aumento, alegando que a arrecadação do Estado aumentou nos primeiros dez meses deste ano, R$ 1,171 bilhão em comparação com toda a receita do ano passado. “Além disso, o governo concedeu aumento aos agentes fazendários e aos funcionários da Agetop”.

Os grevistas participaram no início da noite de ontem, de uma manifestação pacífica na porta do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, onde a secretária Nacional de Segurança Pública Regina Miki abriu o Encontro Nacional de Segurança Pública.

“Não é justo o que o governo está fazendo com a gente. Cortaram o ponto de pensionistas, de licenciados, do pessoal de férias e de plantonistas que trabalharam normalmente”, disse. Silveira revelou que 1,7 mil policiais civis tiveram os pontos cortados.

Ele disse que a estratégia da Superintendência de Polícia Judiciária (SPJ) da Polícia Civil de determinar que o delegado preencha planilhas que determinam o corte de pontos é uma forma de criar conflito entre os delegados e a categoria.

Os grevistas lembraram da morte de três colegas no último mês, vítimas de latrocínio. Segundo o Sinpol, nos dois últimos anos, oito policiais civis foram assassinados em Goiânia.


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