Em entrevista ao Universo Politheia, na noite desta quarta-feira (18), o vereador eleito por Goiânia, Major Vitor Hugo (PL), criticou a atitude da sigla com relação à nota de repúdio contra o político, após a realização de uma visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acompanhado do vice-governador de Goiás, Daniel Vilela.
O ex-deputado federal avaliou a nota como “infantil, desonesta intelectualmente, falsa e mentirosa”, ao dizer que o político teria passado por cima do comando do partido para defender interesses pessoais. Além disso, frisou que a visita foi autorizada por Bolsonaro.
“Em primeiro lugar, não existe uma articulação. A articulação que eles estão dizendo foi uma visita autorizada pelo presidente Bolsonaro ao próprio presidente Bolsonaro e, depois, uma visita realizada ao presidente [nacional do PL] Valdemar [Costa Neto]”, disse.
Vitor Hugo ironizou a atitude, afirmando que a nota foi escrita por alguém ligada a esquerda, pelo fato dos termos utilizados, como a não autorização do partido para a ação. “O PL não tem que me autorizar a nada. Não tem nada que o PL possa me proibir a fazer em relação a conversar com quem que seja, em especial com amigo pessoal meu, que é Jair Bolsonaro”, enfatizou.
O ex-parlamentar fez, ainda, questionamentos ao líder do partido em Goiás, Wilder Morais, com relação às ações realizadas durante o período eleitoral: “Wilder Morais, eu faço uma pergunta para você, aqui: onde você estava nas primeiras semanas do período eleitoral? Você estava no Brasil, percorrendo aqui em Goiás os municípios, apoiando os seus candidatos? Responda onde você estava”, ponderou.
“O resultado eleitoral não foi bom. Nós conquistamos, infelizmente, somente 26 cidades”, salientou Vitor Hugo ao associar o resultado ao presidente goiano da sigla. “Boa parte da culpa, na minha visão, tem a ver com a forma como ele geriu o partido. Ele não deu espaço para os bolsonaristas raízes, pessoas que defenderam Bolsonaro ao longo do tempo. Ele adotou uma política do pragmatismo”, frisou.
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O político comparou as vitórias do PL em Goiás com as da base do governador Ronaldo Caiado (UB), que conquistou mais de 210 prefeituras no Estado, e disse que, nem mesmo a vitória de Márcio Corrêa, em Anápolis, pode ser atribuída a Wilder. “Pelo contrário, ele trabalhou contra a candidatura do Márcio”, sublinhou Vitor Hugo.
O ex-deputado ainda disse que as atitudes do senador remetem a um desejo de apoio de novos grupos para as eleições de 2026, na qual ele “nem sabe se será candidato”. “Quem vai definir quem são os candidatos em Goiás chama-se Jair Messias Bolsonaro e quem ele definir eu vou apoiar”, pontuou, com a ressalva de que a possibilidade de alguém do PL vencer as eleições em 2026, é baixa. “Temos que pensar com calma e com estratégia, agora”, afirmou.
Confira a entrevista, concedida ao editor-chefe do Diário de Goiás, Altair Tavares, e ao jornalista Luiz Gama, em sua íntegra:
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