19 de novembro de 2024
Notícias do Estado

O motivo da eleição antecipada da presidência da Assembleia

Muito se especulou, muito se falou, mas a verdadeira razão para a antecipação da eleição da presidência da Assembleia de 15 de fevereiro de 2013 para 10 de outubro de 2012 é uma só: Fabio Sousa (PSDB). Tanto Jardel Sebba quanto Helder Valin (PSDB) topam tudo, menos a eleição de Fabio para a presidência. E se ela fosse mantida para fevereiro do próximo ano, essa possibilidade seria maior.

Fabio Sousa é hoje o primeiro vice-presidente da Assembleia. Em caso de eleição de Jardel Sebba para prefeito de Catalão (hipótese cada vez mais improvável, mas não na cabeça do tucanato), Fabio assumiria a presidência da Assembleia dia 1º de janeiro e seria o presidente em exercício no dia da eleição, dia 15 de fevereiro. Com a presidência nas mãos, Jardel e Valin avaliam que seria impossível impedir sua eleição para o principal cargo da mesa diretora.

Com a antecipação da eleição para outubro (embora o eleito só tome posse mais de quatro meses depois), esse risco acaba. A chance de Fabio articular sua candidatura é bem menor, já que não terá o poder nas mãos. O caminho fica livre para Helder Valin se eleger novamente, no revezamento tradicional que faz com Jardel na presidência desde 2006.

A antecipação da eleição não desagrada Jardel, como se especulou. Pelo contrário. Com Valin sendo eleito, Jardel teria apoio garantido para ser candidato novamente a presidente da Assembleia na eleição seguinte, o “plano b” de sempre para o caso de perder outra vez em Catalão.

O resultado de tudo isso é que Fabio Sousa explodiu em reuniões internas e está a um passo de sair do PSDB. Não quer ser impulsivo, mas já estuda convites de outros partidos. Acha que o PSDB nunca lhe dá espaço. Na visão dele e de seu pai, o apóstolo Cesar Augusto, o PSDB nunca apoiou suas tentativas de ser candidato a prefeito e nunca lhe deu a mínima chance de ser presidente da Assembleia, seu outro sonho. A mágoa com o PSDB como um todo e com Marconi Perillo, em particular, é grande. E o PSDB não dá nenhum sinal de querer reconciliação com Fabio.


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