A coluna Giro, do jornal O Popular, nesta quinta-feira (19), informou de que o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) poderia ser repensado e, talvez, até suspenso pelo governador Marconi Perillo. No caso, a ideia seria implantar o Bus Rapid Transit (BRT) no lugar. No entanto, em entrevista ao Diário de Goiás, o presidente da Metrobus, Eduardo Machado, afirmou que esse assunto já está superado e que o governador implantará, sim, o VLT.
“Depois da reunião que tivemos hoje pela manhã ficou decidido que será o VLT mesmo. O governador andou de VLT no Rio de Janeiro e em Paris, gostou muito e não medirá esforços para implantá-lo em Goiânia”, disse.
Para o presidente, existe a possibilidade, a partir da situação financeira do país, de os recursos, já garantidos, para a implantação do VLT não chegarem de fato ao governo estadual, apesar de não haver nenhuma declaração do governo federal sobre o assunto.
“Estamos vendo a dificuldade econômica do governo federal. Se na época da Copa houve locais que não receberam o recurso destinado à mobilidade, onde Goiânia está na lista de prioridades do governo federal?”, destacou.
Devido a essa insegurança, Eduardo Machado explicou que a implantação do BRT seria o plano “B”, um tipo de “segurança operacional”. No entanto, agora, há também a possibilidade de negociação com empresas nacionais e internacionais para que sejam feitos investimentos ou, pelo menos, empréstimo de recursos.
“O governador viu que captar recursos não é o grande problema. Há entidades nacionais e internacionais que têm muito interesse em questões de mobilidade. Investindo no VLT, elas entram como sócias do Estado”, pontuou.
A previsão é de que a implantação seja iniciada em até seis meses, ou seja, até agosto e seja concluída em até dois anos após o início das obras.
Decisão mais barata
Segundo Eduardo Machado, o plano “B” do governo estadual seria a implantação do BRT no lugar do VLT. No caso, ao invés de implantar, seriam apenas modernizadas as estruturas já existentes do Eixo Anhanguera.
“O Eixo Anhanguera é um BRT, teria só que ser modernizado. Seria mais barato modernizar do que colocar o VLT. Só que a empresa vencedora do consórcio já gastou R$ 40 milhões só em estudo. Teríamos que pagar mesmo assim se houvesse quebra de contrato”, explicou.
Além disso, o presidente destaca que em um sistema moderno, o Eixo Anhanguera teria que possuir faixas de ultrapassagem para que os ônibus que ficam esperando outro parado na plataforma pudessem continuar a viagem.
De acordo com Eduardo, adicionando a faixa de ultrapassagem, um ônibus que sairia, por exemplo, do Terminal Padre Pelágio com destino à Praça da Bíblia poderia reduzir o tempo de viagem de 50 minutos para 20. Também seriam implantados mais conforto dentro dos ônibus, banheiros e os terminais deveriam ser fechados.
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