Acusado de infidelidade partidária, o deputado federal Alexandre Frota foi expulso do PSL. Apesar das justificativas do ex-partido deu que o parlamentar havia sido expulso por não ter votado a reforma da Previdência em segundo turno, os bastidores de Brasília afirmam que na realidade isso foi o pretexto para não falar que Frota foi catapultado para fora do partido apenas pelo fato de tecer críticas pontuais ao presidente da República, Jair Bolsonaro. Frota, no entanto, não ficará muito tempo sem legenda. A coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, desta sexta-feira (16/08) trás a informação que ele está rumando para o PSDB.
O anúncio da filiação será realizado hoje (16/08) ao lado do governador de São Paulo, João Doria, do presidente nacional do partido, Bruno Araújo e o líder da bancada pêéssedebista na Câmara, Carlos Sampaio.
O namoro entre partido e Frota não é novo e já havia iniciado mesmo antes da decisão da expulsão. Quando surgiu a polêmica em que Bolsonaro fez ataques ao presidente da OAB, Felipe Santa Cruz sugerindo revisionamentos históricos do desaparecimento do seu pai, Fernando Santa Cruz, morto à época do regime militar, Frota compartilhou uma fala de repúdio do governador paulista à Folha de São Paulo: “Não posso silenciar diante desse fato. Eu sou filho de um deputado federal cassado pelo golpe de 1964 e vivi o exílio com meu pai, que perdeu quase tudo na vida em 10 anos de exílio pela ditadura militar”.
Quase um mês atrás no dia 19 de julho, em entrevista a Revista Veja, Alexandre Frota revelou publicamente um convite formal de Doria a ingressar ao PSDB quando mostrou ao repórter um áudio do próprio governador o convidando a rumar para a sigla. “Nenhuma porta está fechada”, sinalizou. Na mesma entrevista, Frota teceu diversas críticas à Jair Bolsonaro: “Ele fala demais”, pontuou.
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