Depois de um ano de pandemia e da triste marca de mais de 300 mil mortos pela Covid-19 alcançada no País, é inevitável se perguntar: como o Brasil chegou a esse ponto? Em meio ao inacreditável, é preciso seguir adiante, sobretudo com vistas a evitar que o imponderável continue e que outras vítimas da doença sucumbam pura e simplesmente por falta de ações que possam conter a gigantesca tragédia que se abate sobre o mundo e, dolorosamente, sobre os brasileiros.
É fato que a situação indigna, desorienta e faz crescer aquele desejo de se obter respostas, em que é preciso encontrar culpados e puni-los severamente pelo surreal número de vítimas da Covid-19. Mas, aí, nos damos conta de que estamos no auge de uma guerra inglória e que estamos sendo dominados pelo inimigo. Nessa hora, é preciso olhar para trás sim, não para simplesmente para identificar e punir culpados, mas para aprender com os erros e encontrar maneiras de salvar o futuro.
Isso não quer dizer, de maneira alguma, que devamos perdoar os erros cometidos por quem quer que seja, mas, sim, que devemos primeiro vencer a pandemia, cuidar das pessoas e salvar o maior número possível de vidas, custe o que custar. O tempo da responsabilização virá, mas, antes, precisamos nos manter vivos.
Diante disso, é o momento de louvar as figuras públicas que se destacam no combate à pandemia e na salvação de vidas. É digno reconhecer as autoridades que se desprenderam da política para atuarem com a única intenção de preservar a vida do seu povo.
No último dia 24, as maiores autoridades da República se reuniram para, pela primeira vez desde o início da pandemia, se estabelecer um pacto pelo combate ao novo coronavírus, esse sim, o inimigo comum. Um comitê nacional para enfrentamento da pandemia de Covid-19 no Brasil foi criado, e contará com a participação das principais autoridades do País, inclusive dos governadores.
Ao final dessa reunião, em Brasília, da qual participaram o presidente Jair Bolsonaro, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, da Câmara do Deputados, Arthur Lira, e do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, e chefes do executivo de cinco estados brasileiros, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, falou à imprensa, e não passou despercebido o emprego equilibrado das suas palavras que clamaram pela unidade em nome da vida.
Ronaldo Caiado, um dos principais nomes quando o assunto são as ações desenvolvidas para conter a Covid-19 e suas consequências, fez um pronunciamento pautado pela sensatez que há muito não se via. Disse que é hora de todos mostrarem mais solidariedade e que a responsabilidade de salvar vidas não pode ser negligenciada por ninguém. O governador goiano repetiu que as diferenças devem ser colocadas de lado e que esse ponto de concórdia que se vislumbra com a criação do comitê representa, antes de mais nada, o ponto de convergência para se vencer a pandemia e salvar vidas.
Caiado, como tantos outros gestores preocupados com o avanço da Covid-19, tem enfrentado resistência e sofrido desgastes, mas responde com atitudes dignas de um grande estadista. Por isso mesmo, as palavras do democrata ecoam, porque, na prática, suas ações são reconhecidas indubitavelmente como um esforço focado na preservação da vida. Abertura de novos leitos, medidas de isolamento social e defesa do Plano Nacional de Imunização, programa que tem garantido a distribuição igualitária de vacinas para todos os brasileiros, além da implementação de medidas para combater os efeitos da pandemia, como donativos distribuídos aos cidadãos goianos e abertura de crédito subsidiado para micros e pequenos empresários, são ações efetivas que se consubstanciam pelo equilíbrio, pela coerência e pela sensatez do político goiano.
O grave quadro epidemiológico do momento requer urgência na tomada de decisões que possam conter a mortandade em todo o País. O momento exige, mais do que nunca, responsabilidade, solidariedade e equilíbrio, e essas qualidades não se dissociam da coragem que as autoridades devem carregar para a tomada de decisões, quase sempre, impopulares.
Neste cenário nebuloso, de profunda polarização que tomou o País nos últimos anos, Caiado desponta como um dos principais nomes capazes de devolver a serenidade necessária para a consolidação de um projeto nacional de enfrentamento à Covid-19, onde a politização ceda lugar ao bom senso e à valorização da vida. É preciso que aqueles que efetivamente detenham autoridade para a tomada de decisões o façam com coragem, movidos pelo espírito público e com o único objetivo de salvar vidas. Nesse desiderato, vale parafrasear Ronaldo Caiado: não troque vida por voto!
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