14 de setembro de 2024
Cidades

O dilema de uma gestante

Camila Vargas Souza, gravida de 8 meses.
Camila Vargas Souza, gravida de 8 meses.

Imagine a seguinte situação: uma mãe com oito meses de gestação, com três centímetros de dilatação, precisa de um parto cesáreo, além de uma UTI neonatal para acomodar o bebê, que irá nascer prematuro, no entanto, o hospital no qual a paciente fez todos os procedimentos não oferece tal estrutura e o plano de saúde não cobre a incubadora, custeada em torno de R$ 3 mil a R$ 6 mil.

Esse é o caso da Camila Vargas Souza, de 21 anos, que era paciente do Hospital São Domingos e agora está sendo atendida pelo Materno Infantil. Segundo a paciente, nesta quinta-feira (16) após uma consulta, o médico que comumente a atendia lhe informou uma dilatação de três centímetro, mas explicou que o hospital não poderia realizar o procedimento, pois a criança iria nascer prematura e necessitava de uma UTI neonatal.

O bebê da Camila precisa de uma estrutura adequada, pois ficará em um incubadora após o nascimento. De acordo com ela a diária para tamanha necessidade é cara e não teria condições de custear.

“Eu falei vamos fazer o parto, só que eu estou com 32 semanas.  O médico disse que não teria como fazer o parto de prematuro. Eu perguntei “como não? Eu fiz todo o procedimento com vocês e chega na hora de fazer o parto não pode? Pra onde eu vou?”. Ele me orientou e disse que deveria procurar um hospital público e/ou um particular, pois o bebê precisava de uma incubadora. A diária dessa incubadora é de R$ 3 mil a R$ 6 mil, e eu não tenho condições nenhuma de pagar esse valor”, conta Camila.

De acordo com Diretor do Hospital São Domingos, Alvaro Soares a paciente foi comunicada que o hospital não fazia o procedimento e orientada a procurar um local adequado. “Aqui no hospital a gente não recebe feto prematuro porque não tem UTI neonatal, normalmente essas pacientes fazem o primeiro atendimento e são encaminhadas para um hospital que tenha a UTI neonatal”, explica o diretor.

Segundo o marido da paciente, Matheus Queiroz o Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (IMAS), plano utilizado pela Camila, não oferecia nenhuma maternidade neonatal para o caso dela. No entanto, a reportagem não conseguiu confirmar a informação, até o momento desta publicação o IMAS não atendeu aos telefonemas.

“Não tenho condições de ir para um hospital particular, tive que procurar um hospital público, me internei ontem pela tarde, fiquei internada até às 00h sentada em uma cadeira, até consegui vaga pra mim em uma cama, estou deitada na cama agora tomando medicamentos para tentar segurar o bebê”, conta Camila.

De acordo com o Hospital Materno Infantil a paciente está sobe medicações e supervisão médica para que a situação não comprometa a saúde da criança e da mãe.

“O primeiro passo é fazer a tentativa do parto normal, dá medicações para tentar segurar o bebê, pois quanto mais o bebê ficar no útero da mãe é melhor para ele. Caso a criança e/ou a mãe não tiverem condições de realizar o parto normal, ela fará uma cesariana sem maiores problemas. Sem oferecer riscos para a mãe e para o bebê. O Materno Infantil irá prestar todo o atendimento cabível e necessário no caso da paciente”, esclarece. 


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