O presidente do Instituto de Previdência Social do Município (IPSM), Silvio Fernandes, voltou a defender uma reforma no sistema previdenciário municipal, em entrevista ao Diário de Goiás nesta segunda-feira (28). Projeto de lei que alteraria as regras do IPSM foi arquivado na Câmara Municipal de Goiânia na quarta-feira passada (23).
“O arquivamento, em nosso entendimento, é uma catástrofe para a cidade. Não vamos garantir de maneira alguma o recebimento da aposentadoria daqueles que se dedicaram tanto tempo à Prefeitura, então estamos muito próximos à situação que está o Rio de Janeiro, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Um caos total”, alarmou Silvio.
O presidente afirmou que o déficit do Instituto, ou seja, o valor que a Prefeitura tem de custear pois as arrecadações do IPSM não são suficientes, é de R$ 35 milhões de reais por mês e R$ 500 milhões no ano. Silvio também estima que esse rombo pode crescer nos próximos anos, chegando a R$ 800 milhões em 2021.
“A situação é bastante complicada. Para se ter ideia do tamanho desse rombo, é aquilo que a Prefeitura de Goiânia arrecada no ano todo com o IPTU”, argumentou Silvio, comparando o rombo com a arrecadação do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU).
Silvio opinou que a Câmara deveria trazer o projeto de reforma da previdência municipal de volta à discussão. “Nós já levamos um estudo bastante claro, fizemos uma radiografia completa do estado da Previdência e trouxemos aqui para a Câmara. A Câmara, infelizmente, levou isso para um âmbito político. E isso aí vai ter uma série de consequências para a cidade e para os servidores”, criticou.
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