Em entrevista ao O Popular, divulgada nesta sexta-feira (1), o governador de Goiás Ronaldo Caiado (UB) respondeu a uma provocação feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que em passagem por Goiânia afirmou que “O Bolsonarismo é no Brasil todo, Caiadismo é só aqui em Goiás”. Rebatendo, Caiado afirmou que nunca cultivou o caiadismo. “Desde o dia que eu entrei no governo não tem nenhuma personalização, nenhum caiadismo”.
Caiado definiu a conduta de Bolsonaro como péssima e afirmou não acreditar na tese de personalização de governante. “Tem de ser a personalização do Estado, da autoestima, do orgulho de ser goiano. Você nunca me viu fazer ato de caiadismo. E minha família é extremamente refratária a essas coisas. Não é o estilo da minha família. Cada um teve o seu espaço na vida pública”, disse o gestor estadual.
Sou a quarta geração de governadores, fui a quinta geração de senadores e nunca criei essa tese de caiadismo. Não deve ser essa a simbologia de uma campanha eleitoral.
O governador também aproveitou para responder pergunta que Bolsonaro fez em entrevista coletiva no dia das eleições municipais: “qual liderança da direita consegue encher um aeroporto?”. De forma direta, Caiado afirmou: “quem enche um aeroporto eu não sei, agora quem ganha eleição e reeleição, eu sei: chama Ronaldo Caiado. Se quiser aprender a ganhar eleição e reeleição, e eleger o prefeito de Goiânia, vem aprender que isso eu sei fazer”.
“Veio me matar politicamente”, disse Caiado
Na entrevista, reforçou que não entendeu os ataques de Bolsonaro a ele. “Inclusive tem uma frase do Bolsonaro assim: ‘É questão de sobrevivência do Caiado, a eleição para o Caiado em Goiânia é mortal’. Se ela é mortal pra mim, por que ele veio aqui pra me matar? Por que o Bolsonaro quer vir a Goiás para matar o Caiado? Eu tenho de explicar as agressões que eu sofri?”, questionou.
Caiado também questionou a falta de apoio de Bolsonaro e afirmou que o apoiou em todas as eleições. “Eu nunca disse pra ele que era mortal o Rio de Janeiro. Eu nunca fiz nenhum comentário desairoso a ele. Eu tive posições de enfrentamento a ele, e não de desrespeito. Quem veio me matar politicamente em Goiás foi ele. E ele atesta isso”, afirmou.
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