De acordo o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 92,1 milhões de pessoas (ou 45,3% da população do país) se declararam pardas. Essa foi a primeira vez, desde 1991, que esse grupo predominou. Outros 88,2 milhões (43,5%) se declararam brancos, 20,6 milhões (10,2%), pretos, 1,7 milhões (0,8%), indígenas e 850,1 mil (0,4%), amarelas.
A população parda foi o grupo com maior percentual na população residente da região Norte (67,2%). Também o Nordeste (59,6%) e o Centro-Oeste (52,4%) registraram números acima da média nacional. Já o Sul e o Sudeste ficaram abaixo da média com 21,7% e 38,7% respectivamente. Com relação ao percentual de população branca, o Sul tinha a maior porcentagem (72,6%). No Sudeste, o percentual foi de 49,9%. Nas regiões Centro-Oeste (37,0%), Nordeste (26,7%) e Norte (20,7%), os percentuais ficaram abaixo da média nacional.
Diferenças demográficas
O IBGE explica que de 2010 a 2022, a estrutura demográfica do país alterou, com o envelhecimento da população e o aumento da proporção de mulheres. Foi constatado que a população branca e a população parda são as que apresentam pirâmides etárias mais próximas da população residente no Brasil. A população branca era a mais envelhecida e a parda mais jovem.
“Há uma variedade de critérios demográficos e de pertencimento étnico-racial, que podem explicar esse comportamento diferenciado dos grupos populacionais. Ou seja, a gente pode ter mais migração, mais ou menos fecundidade, mais mortalidade… são dados que vamos poder explorar em próximas divulgações. Mas os critérios do pertencimento étnico-racial acionados pela população variam de acordo com o contexto social e de relações interraciais, e de acordo com a forma como as pessoas se percebem”, esclarece Marta.
População negra, amarela e indígena O Nordeste teve o maior percentual de população preta (13,0%), seguido pelo Sudeste (10,6%), Centro-Oeste (9,1%) Norte (8,8%) e pelo Sul (5,0%). Em relação a 2010, a população preta aumentou 42,3% e sua proporção no total da população subiu de 7,6% para 10,2%.
O Sudeste tinha a maior proporção (0,7%) de população amarela. Sul e Centro-Oeste (0,4%, ambas) igualaram a média do país. Nordeste (0,1%) e Norte (0,2%) tinham as menores proporções. A população amarela teve uma forte redução (-59,2%) e sua participação recuou de 1,1% para 0,4%, retornando a patamares de 1991 e 2000.
As proporções de população indígena no Norte (4,3%), Nordeste (1,0%) e Centro-Oeste (1,2%) superaram a média nacional. Já o Sudeste (0,1%) e o Sul (0,3%) tinham os menores percentuais. Houve, ainda, aumento de 89% da população indígena, com sua participação subindo de 0,5% para 0,8%.
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