Um prédio que desabou no bairro de Janja, no município de Paulista, em Grande Recife, na última sexta-feira (7), deixou 11 pessoas mortas e quatro feridas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, até a manhã deste sábado (8), outras três pessoas ainda estavam desaparecidas. Por volta das 15h, os corpos de uma mulher e seus dois filhos foram localizados nos escombros, totalizando 14 vítimas fatais.
Conforme informações da Prefeitura de Paulista, o prédio estava interditado pela Defesa Civil desde 2010, mas foi reocupado por um grupo de pessoas sem-teto. O desabamento aconteceu na manhã de sexta (7), por volta das 6h35, depois de uma noite de chuvas intensas na região. O Corpo de Bombeiros segue nas buscas com o apoio de cães farejadores.
Vítimas
Entre as vítimas encontradas sem vida nos escombros estão quatro homens, de 16, 18, 21 e 45 anos de idade; três crianças, dois meninos de oito e 12 anos e uma menina de cinco; mais duas mulheres, de 19 e 43 anos de idade. Outros dois corpos ainda não foram identificados, mas já se sabe que eram um homem e uma mulher com cerca de 40 anos.
Foram resgatadas quatro pessoas com vida, que foram encaminhadas a hospitais com ferimentos. Três mulheres, duas de 15 anos e uma de 65 anos, e um homem de 18 anos. Outras três pessoas, sendo uma mulher e duas crianças foram localizados na tarde deste sábado. Segundo o Corpo de Bombeiros, a mãe e os dois filhos estavam abraçados em cima de uma cama de casal.
Construções de risco
Este é o segundo edifício que desaba em Grande Recife no prazo de três meses. Ambos os prédios que caíram estavam interditados, possuíam o mesmo tipo de edificação e usavam alvenaria resistente na função estrutural, em vez de concreto armado.
Desde 2005, esse tipo de construção está proibida em Grande Recife. De acordo com o Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), ao todo, são mais de 5 mil prédios construídos com essas características na região. Deste número, aproximadamente 1 mil foram classificados como de “alto risco” de desabamento e outros 260 com risco “muito alto”.
Matéria atualizada às 17h20
Leia mais sobre: Brasil