Apesar do número de empresas da construção atuantes em Goiás ter aumentado entre os anos de 2021 e 2022, os salários médios pagos ao trabalhador da área tiveram uma diminuição neste mesmo período, atingindo o segundo menor valor registrado desde 2007. É o que demonstra a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada nesta quarta-feira (29), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2022, o número de empresas ativas do setor, com cinco ou mais pessoas ocupadas, subiu 4,3% em Goiás, chegando a 2.471 unidades, comparado a 2021, quando foram registradas 2.368 unidades. Esse número é o maior da série histórica iniciada em 2007.
Em contrapartida, a remuneração ao trabalhador da área teve declínio. Conforme a pesquisa, que levou em consideração o cálculo do salário médio distribuído pelo total de pessoas ocupadas ao longo de 13 parcelas, dividido pelo salário-mínimo do respectivo ano, em 2022, o valor caiu 2,4%. Assim sendo, 2,13 salários-mínimos (s.m.) representaram o segundo menor valor desde 2007.
Número de empresas ante remuneração
O levantamento demonstrou que os gastos com salários, retiradas e outras remunerações totalizaram R$ 2,4 bilhões em 2022, valor 15,1% maior do que o registrado em 2021 (R$ 2,0 bilhões), porém sem ajuste deflacionário. Quando comparado com os outros anos da série histórica, os salários médios mensais
em salário mínimo, em 2022, (2,13), só foram menores do que os registrados em 2020, (2,09).
Assim sendo, no ranking nacional, o estado de Goiás está na 14ª posição em relação à maior média salarial do país e possui o nono maior valor de salários, retiradas e outras remunerações, quando comparado aos demais estados. Em relação ao número de indústrias da construção ativas, Goiás se manteve na oitava colocação, em 2022, com 2.471 empresas de construção atuantes, o que corresponde a 3,8% do total dessas empresas no Brasil.
Sobre o PAIC
A Pesquisa Anual da Indústria da Construção – PAIC levanta informações econômicas e financeiras sobre o segmento empresarial da indústria da construção no país, abrangendo a construção de edifícios, as obras de infraestrutura e os serviços especializados para construção. A PAIC permite traçar um panorama mais detalhado, sobre o pessoal ocupado, a receita bruta, o valor das incorporações, obras e/ou serviços, estrutura dos custos e despesas, investimentos e valor adicionado, além dos grupos de produtos da
construção para as empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas.
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