22 de novembro de 2024
Diálogos • atualizado em 09/05/2023 às 09:43

Novos áudios revelam tentativa de golpe por funcionários de confiança do ex-presidente Bolsonaro

Aliados ao ex-presidente e ao ex-chefe da Casa Civil Walter Braga Neto tramavam um suposto plano de golpe de Estado
Coronel Elcio Franco. (Foto: Pedro França / Ag. Senado)
Coronel Elcio Franco. (Foto: Pedro França / Ag. Senado)

Novos áudios obtidos com exclusividade pela CNN nesta segunda-feira (8), mostram que o coronel do Exército Elcio Franco, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde e assessor da Casa Civil, também estava envolvido na trama golpista do dia 8 de janeiro.

Após a prisão do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, as investigações trouxeram à tona um novo diálogo onde militares aliados ao ex-presidente e ao ex-chefe da Casa Civil Walter Braga Neto tramavam um suposto plano de golpe de Estado na tentativa de impedir a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em conversa com o também ex-militar Ailton Barros, que está preso, Élcio Franco, além de saber da intenção de golpe, sugeriu ideias de como mobilizar 1.500 homens para uma intentona golpista.

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Ele relatou o temor do então comandante do Exército de ser responsabilizado por uma eventual tentativa de golpe e na prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Assim, conforme as conversas, Ailton e seu grupo pensaram até em suplantar a autoridade do então comandante Freire Gomes, usando o Batalhão de Operações Especiais do Exército.

Vale lembrar que essa documentação faz parte do inquérito que embasa a prisão do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid também de Ailton Barros, ex-major que circulava pela cúpula do Palácio do Planalto.

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) repercutiu a revelação dos áudios em que o coronel Elcio Franco, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde e assessor da Casa Civil, estava envolvido na trama golpista. “Tudo é muito grave! Homens de confiança, indicados por Bolsonaro atuando para destruir a democracia!”, afirmou Lindbergh.

Nos diálogos, fica evidente que Ailton e seu grupo pensaram até em suplantar a autoridade do então comandante Freire Gomes, usando o Batalhão de Operações Especiais do Exército, segundo a CNN.


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