22 de dezembro de 2024
Cidades

Novo secretário da Segurança Pública promete polícia mais próxima da sociedade

Novo secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Ricardo Brisolla Balestreni.
Novo secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Ricardo Brisolla Balestreni.

Na tarde desta quarta-feira (1) o governador em exercício, José Eliton Jr, empossou o novo titular da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), Ricardo Brisolla Balestreni, que assumiu o lugar do Coronel Edson Costa. O novo secretário diz que o primeiro passo para a ser tomado será a construção de modelos de polícias mais próximas da população, que reduzem o crime e a violência em 40% a 70%.

“A “polícia de proximidade”, é aquela que convive no dia-a-dia com o cidadão, que sabe quem somos e onde moramos, que sabemos o nome e sobrenome, que sabe onde estão os focos de delinquência dentro da comunidade. Hoje temos conhecimento científico que para implementar processo de polícia aproximada da população, ela se nutre na parceria com a população”, explica.

O novo secretário ainda fala sobre a importância da aproximação da sociedade com a polícia. “Nós temos que valorizar o cidadão comum e lembrar que a polícia não é do governo, é da sociedade. Precisamos ter uma polícia do povo. É administrada pelo Estado, mas não nos pertence. Você só estabelece redes de inteligência formal com a população quando ela confia no policial. Mas você só confia em quem está perto de você, que você convive, que sabe os valores”.

Ricardo Balestreni diz que o estado precisa de um modelo de polícia preventiva, que evite que o crime aconteça. De acordo com ele a sociedade está acostumada com a polícia responsiva, aquela que apenas reage. “Precisamos da polícia que protege e evita que o crime aconteça e para isso ela tem que estar perto de nós”, ressalta.

Outras alternativas da nova administração estão relacionadas ao investimento em equipamentos, o que é necessário melhorar, as fontes de recursos, parcerias com a comunidade e aumento na presença de câmeras de interligadas com iniciativas privadas.

Balestreni ainda fala sobre a superlotação dos presídios, como um dos principais problemas na área de Segurança e Justiça.  Ele acredita que a recuperação dos detentos seja uma boa maneira para diminuir a superlotação. “Isso não é um discurso romântico nem sonhador, é o único discurso e a única solução que nós temos para voltar a controlar plenamente nossos presídios, é esvaziando os presídios”, conta.

Para Ricardo o primeiro passo é analisar de forma mais rigorosa os presos de maior periculosidade. “Nós temos que imediatamente analisar como ser mais rigorosos com os presos que representam perigo para a sociedade e que são formadores de redes criminais, a partir do presídio; e encontrar as maneiras de recuperação da grande massa prisional que tem como ser recuperada desde que tenha alternativas de trabalho, e até de renda, para suas famílias, e alternativa de estudo”, explica.

O novo secretário acredita que é preciso diferenciar da massa prisional quem representa maior perigo para a sociedade e quem pode ser recuperado. “Quem pode ser recuperado, nós temos que recuperar. Essas pessoas vão voltar ao convívio social e elas vão devolver os eventuais maus-tratos que receberem. Temos essa realidade em todo o Brasil e, portanto, precisamos, entre outras coisas, executar a Lei de Execuções Penais (LEP); fazer, na medida do possível, uma separação dos presos por grau de periculosidade; e precisamos encontrar junto com o Judiciário e Ministério Público, os defensores públicos, alternativas para liberar aqueles que deviam estar liberados, como os presos provisórios, os que já cumpriram pena, os que não terão pena de prisão”, conta.

Para Ricardo a solução é esvaziar os presídios, com aqueles que não oferecem maior risco para a sociedade, após passar pelo processo de recuperação. “O presídio superlotado só serve a uma categoria: ao preso psicopata, que domina os negócios do grande crime organizado e utiliza o presídio como escritório do crime. Essa solução não é só para Goiás, é para o Brasil inteiro”, afirma. 


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