O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade, afirmou em entrevista à Rádio Bons Ventos FM neste domingo (28) que o novo presidente, independente de quem for eleito, não deverá mudar a política de preços de combustíveis no Brasi.
“Na verdade, não houve uma discussão centrada nesse assunto, mas você pode extrair algumas coisas pequenas em relação à política de combustíveis. O PT, pelo menos, o candidato disse que colocará o gás a R$ 49, então acredita-se que o governo vai intervir e definir o preço. Com relação à lógica do Bolsonaro, ele tem falado que vai privatizar, mas quer preservar a Petrobras, as refinarias. Então, tiraria parcialmente, mas há uma tendência de ser mais liberal e manter uma política de preços, mais livre e mais independente. Isso é o que a gente pode perceber pelos discursos”, afirmou.
Para o presidente, não há condições de desalinhar a política de preços dos combustíveis do valor internacional, mas existem formas de interferir na cotação, como estipular um novo prazo para as alterações de preços.
“Mantém uma situação difícil para os postos no aspecto de comprar todo dia com um preço diferente. Isso faz com que os donos de postos não consigam acompanhar as altas ou as reduções ao mesmo tempo, isso faz com que haja perda da margem. […] Se quiser mexer teria que rever o tempo dos reajustes, mas acho que é muito difícil se descolar do mercado internacional, porque hoje está tudo muito ligado. Mas pode-se mudar a forma de fazer, fazer isso amortecido, fazer com prazos maiores, com intervalos maiores para as alterações. Isso facilitaria um pouco a vida do cidadão”, disse.
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